29 de Marco de 2024 - Ano 10
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06/08/2020

Bolsonaro edita MP que libera R$ 2 bilhões para possível vacina contra Covid-19

Foto: Reprodução

Projeto da AstraZeneca/Oxford é considerado pela OMS como um dos mais promissores até o momento e está na terceira e última fase dos ensaios clínicos, de testes em seres humanos

O presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória (MP) nesta quinta-feira que libera cerca de R$ 2 bihões em crédito extraordinário para a produção e disponibilização de possível vacina contra a Covid-19, que se encontra em fase de pesquisa. A MP foi assinada por Bolsonaro em evento no fim desta tarde, no Palácio do Planalto.

 

— A nossa contrapartida, basicamente, é financeira no momento, com algumas pessoas também, quase R$ 2 bilhões. Talvez em dezembro, janeiro, exista a possibilidade da vacina, e daí esse problema estará vencido poucas semanas depois — disse Bolsonaro, fazendo uma crítica ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em seguida: — E o que é mais importante nessa vacina, diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro país, vem a tecnologia pra nós. E junto com os meios que nós temos, nós temos como realmente dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, ao contrário daqueles que teimam em continuar na oposição desde 2018, dizer o contrário — completou.

 

A vacina que receberá a verba do governo brasileiro é a do laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, que está sendo testada no Brasil e será produzida pela Fiocruz a partir do fim do ano.

 

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— Hoje, o governo federal reforça mais uma vez o seu compromisso em salvar vidas. Com a sua assinatura nessa medida provisória, estamos garantindo a aplicação de recursos em uma vacina que tem se mostrado a mais promissora do mundo. O investimento é significativo, não apenas no seu valor, quase R$ 2 bilhões, mas também aponta para a busca de soluções que permitam ao Brasil desenvolver tecnologias para a proteção dos brasileiros — declarou o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello.

 

O governo informou que decidiu assumir parte dos riscos tecnológicos do desenvolvimento da vacina, por haver "enorme demanda global pelo produto" e o futuro acesso prioritário do Brasil estar vinculado, neste momento, "a empreendimentos de caráter internacional para que seja desenvolvida".

 

Caso a eficácia e segurança do produto seja comprovada em uma segunda fase, a compra será ampliada. "O governo considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido à urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro", informou a Secretaria-Geral da Presidência. Atualmente, a vacina está em estudo clínico com testes no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia

 

A transferência de tecnologia de formulação, o envasilhamento e o controle de qualidade serão realizados por meio de contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fundação do Ministério da Saúde, e a empresa farmacêutica AstraZeneca, que, em parceria com a Universidade de Oxford, realiza pesquisa e desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.

 

O projeto é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos mais promissores até o momento e está na terceira e última fase dos ensaios clínicos, de testes em seres humanos.

 

Durante a solenidade, o presidente também defendeu o uso da hidroxicloroquina, apesar de não haver provas científicas de que o medicamento funcione contra a Covid-19, e afirmou que o governo federal está com "a consciência tranquila", em relação à sua atuação na pandemia.

 

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— Eu fui cerceado, o meu governo, na possibilidade de discutir esse assunto, pelo nosso — aqui à minha esquerda — Supremo Tribunal Federal. A nós coube apenas, praticamente, fornecer meios e recursos para Estados e municípios. Pará, por exemplo, recebeu mais de R$ 2 bilhões. E isso foi feito de forma proporcional. Estamos com a consciência tranquila. Não existia naquela época, como não existe ainda, uma vacina. Não exisita medicamento, apenas a promessa, num primeiro momento, da hidroxicloroquina, depois outras coisas apareceram — afirmou.

 

O Globo 

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