Presidente mandou indireta após sinalização de trégua entre ex-presidente e governador de São Paulo
O presidente da República, Jair Bolsonaro, mandou, na tarde desta quinta-feira, uma indireta para o governador de São Paulo, João Doria, e para o ex-presidente Lula.
"Quando falamos em união, nos referimos aos que querem o melhor para o Brasil e para os brasileiros, não uma aliança com quem quase o destruiu por completo", escreveu, em seu Twitter.
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- Quando falamos em união, nos referimos aos que querem o melhor para o Brasil e para os brasileiros, não uma aliança com quem quase o destruiu por completo. Discordâncias temos entre meras posições. Superar divergência não é abandonar a própria honra nem a verdade.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 2, 2020
Mais cedo, Lula e Doria sinalizaram trégua durante o combate ao coronavírus. O petista exaltou o "trabalho sério" dos governadores durante a crise, mencionando o esforço de Doria para conseguir máscaras de proteção. Já o tucano compartilhou sua fala e afirmou que "agora não é hora de expor discordâncias", reforçando a mensagem de união.
Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos. O momento é de foco, serenidade e trabalho para ajudar a salvar o Brasil e os brasileiros. pic.twitter.com/Iri65Dhqfr
— João Doria (@jdoriajr) April 2, 2020
Após a troca de elogios entre os políticos na rede social, a hashtag #Luladoria rapidamente chegou aos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter no Brasil.
Crítica aos governadores
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar governadores nesta quinta-feira. Em transmissão ao vivo na sua chegada ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro citou as medidas de restrição adotadas por chefes estaduais e criticou, em especial, Doria.
"Eles (governadores) acabaram com o comércio. O Doria acabou com o comércio na estrada. Não pediu para mim, não conversou comigo, para fazer aquela loucura", declarou.
Segundo Bolsonaro, o "remédio" de Doria contra a crise foi superdosado e se tornou um "veneno". "Ele tem que ter uma fórmula agora de começar a desfazer o que ele fez de excesso há pouco tempo. Não vai cair no meu colo essa responsabilidade", declarou.
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Na conversa com apoiadores, o presidente retomou o discurso indicando que os brasileiros quebrem o isolamento social e voltem ao trabalho. "A segunda onda que vem em função do desemprego vai ser terrível", declarou.
O Dia