Presidente enviou mensagem para manifestantes que já se reúnem em Brasília, no Rio e em Salvador em ato a favor do voto impresso
O presidente Jair Bolsonaro discursou, neste domingo (1º) por videochamada, dirigindo-se aos manifestantes que já se reúnem em Brasília em ato a favor do voto impresso. O presidente ressaltou a importância de eleições "limpas e democráticas" no ano que vem e repetiu que há "indícios fortíssimos de manipulação" na eleição passada, apesar se não apresentar provas da suposta fraude.
"Sem eleições limpas e democráticas não haverá eleição", afirmou, repetindo o que pode ser considerado como uma ameaça à realização da votação em 2022.
"As eleições últimas estão recheadas de indícios fortíssimos de manipulação. Isso não pode ser admitido por mim nem por vocês. Nós juntos somos a expressão da democracia do Brasil", acrescentou. "Quem fala que a eleição é auditada e segura é mentiroso". A fala é um ataque ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, que já afirmou que a urna eletrônica é auditável e o discurso de fraude é político.
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O ato pelo voto impresso e auditável, realizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, já reúne manifestantes na Praça da República, em Brasília, e na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (1º). Também há registros de atos em Brasília, São Paulo e Salvador.
Os manifestantes pedem a aprovação da PEC do voto impresso auditável, uma proposta de emenda que está em discussão na Câmara dos Deputados.
Provas
Durante live em redes sociais na quinta-feira (29), Bolsonaro voltou a criticar o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Luís Roberto Barroso, e mostrou vídeos que circularam por WhatsApp e pela internet como indícios de fraude eleitoral nas eleições de 2014 e de 2018. Mas o presidente não apresentou as provas que havia prometido.
As supostas fraudes, que já haviam sido desmentidas, foram rebatidas em tempo real pelo TSE por meio do Twitter. O presidente estava acompanhado de, segundo ele, um analista de inteligência convidado para participar da transmissão, que iria mostrar indícios de irregularidades. Seu nome é Eduardo Gomes, assessor da Casa Civil.
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Em alguns vídeos, eleitores alegaram que votaram no número 17 e o candidato não aparecia na urna eletrônica. A suposta fraude já foi desmentida em diversas oportunidades. Em outro vídeo, um suposto desenvolvedor de sistemas identificado como Jeferson mostra uma possível alteração do código-fonte da urna. Para provar a fraude, o desenvolvedor faz os testes em um simulador, não na própria urna eletrônica.
Fonte: R7