Palestinos retiram criança de escombros de um prédio derrubado por um ataque isralense em Gaza neste domingo
Ataques aéreos israelenses mataram 42 palestinos, incluindo 10 crianças, na Faixa de Gaza na manhã deste domingo, sétimo dia do confronto entre Israel e o Hamas, grupo islâmico que controla o território. Os combatentes do Hamas revidaram com foguetes
Em seguidos ataques aéreos na manhã de hoje, os militares israelenses disseram que atingiram a casa de Yehya Al-Sinwar, no sul da cidade de Gaza. Sinwar, que foi libertado de uma prisão israelense em 2011, dirige as alas políticas e militares do Hamas em Gaza.
Os ataques antes do amanhecer ocorreram em casas no centro da Cidade de Gaza, disseram autoridades de saúde do território. Com isso, o número de mortos em Gaza subiu para 188, incluindo 55 crianças, desde o início dos confrontos, na última segunda-feira. Em Israel, 10 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas em ataques com foguetes do Hamas e outros grupos armados de Gaza, como a Jihad Islâmica.
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Militares israelenses disseram que as mortes de civis neste domingo não foram intencionais, e que o alvo era um trecho do sistema de túneis do Hamas, que colapsou causando também a destruição de casas e prédios.
O Conselho de Segurança da ONU está reunido neste domingo para discutir o conflito entre Israel e o Hamas, mas, em um pronunciamento na TV neste domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que, apesar de tentantivas diplomáticas externas, o fim da pior explosão de violência entre israelenses e palestinos desde 2014, quando Israel invadiu Gaza, não é iminente.
—Nossa campanha contra as organizações terroristas continua com força total —, afirmou ou premier. — Estamos agindo agora, pelo tempo que for necessário, para restaurar a calma e o sossego a vocês, cidadãos de Israel. Isso levará tempo.
Os EUA, aliados de Israel, vinham bloqueando reuniões do Conselho sobre a questão desde a última segunda-feira, quando vetaram a aprovação de uma resolução que instava Israel a suspender a colonização dos territórios palestinos ocupados, estopim dos confrontos atuais.
Tanto Israel quanto o Hamas afirmaram que continuariam os ataques depois que Israel destruiu um prédio de 12 andares na Cidade de Gaza, no sábado, que abrigava os escritórios locais da agência americana Associated Press (AP) e da emissora Al-Jazeera, do Qatar.
Os militares israelenses disseram que o edifício al-Jalaa era um alvo militar legítimo, contendo escritórios militares do Hamas, e que havia alertado os civis com antecedência para saírem do local.
A AP condenou o ataque e pediu a Israel que apresentasse evidências. "Não tivemos nenhuma indicação de que o Hamas estivesse no prédio ou ativo nele", disse a agência em um comunicado.
Em resposta à destruição do prédio e a um ataque que matou dez membros da mesma família – sendo oito crianças –, o Hamas disparou 120 foguetes contra Israel durante a noite, disseram militares israelenses, com muitos interceptados pelo sistema antimísseis Domo de Ferro e cerca de uma dúzia caindo ainda dentro de Gaza.
Fotos: Reproduções
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Os israelenses correram para abrigos antiaéreos enquanto sirenes alertavam para a queda de foguetes em Tel Aviv e na cidade de Beersheba, no Sul do país. Cerca de 10 pessoas ficaram feridas enquanto corriam para abrigos, disseram os médicos.
Fonte: O Globo