28 de Marco de 2024 - Ano 10
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14/05/2021

Butantan entrega 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e paralisa produção da vacina por falta de matéria-prima

Foto: Reprodução

Instituto libera nesta sexta (14) último lote de vacinas produzidas a partir do insumo recebido em abril. Fábrica assume produção de vacina da gripe enquanto espera a chegada dos 10 mil litros do IFA que ainda não têm autorização do governo chinês para se

O Instituto Butantan entrega mais 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde nesta sexta-feira (14) e suspende completamente a produção da vacina contra a Covid-19 por falta de matéria-prima.

 

"A boa notícia é que temos a entrega de mais de mais 1,1 milhão doses da vacina. A má notícia é que a partir de hoje o Instituto Butantan não pode processar novas vacinas", disse o governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa na sede do Instituto nesta manhã.

 

O Instituto aguarda a liberação pelo governo chinês de um lote com 10 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o equivalente a 18 milhões de doses, para retomar a produção.

 

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Segundo o diretor do Instituto, Dimas Covas, o montante corresponde ao necessário para produzir o quantitativo de vacinas previstas para serem entregues ao governo federal em maio e junho.

 

Governador João Doria e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a liberação de doses da CoronaVac — Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução 

 

Sinalização positiva


A China é fornecedora de matéria-prima para a produção tanto da CoronaVac, do Instituto Butantan, como da vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz.

 

Nesta sexta (14), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a chegada, no próximo dia 22, de mais uma remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Outra carga de IFA segue prevista para o dia 29.

 

Dimas Covas defendeu que a liberação para a Fiocruz representa uma sinalização positiva do governo chinês, e espera conseguir autorização de envio dos lotes da CoronaVac nos próximos dias.

 

"No dia de hoje eu já conversei com os chineses e não houve de fato a liberação. Existe a noticia oficial da Fiocruz, que ela teve uma liberação para embarque no dia 22. É uma boa notícia. Quer dizer, se começou a liberar, então, é possível que a gente também tenha uma boa notícias", afirmou.

 

Pelo menos 15 estados do país já suspenderam a aplicação da primeira ou da segunda dose do imunizante por falta de vacina.

 

Produção no Brasil


No final de abril, o Instituto já havia suspendido o envase do imunizante na fábrica do Brasil, mas os setores de rotulagem e controle de qualidade ainda funcionavam para entregar as últimas doses para o Ministério da Saúde.

 

O Butantan é parceiro do laboratório chinês Sinovac, e responsável pela última etapa de produção da vacina no Brasil, que consiste no envase, na rotulagem e no controle de qualidade das doses.

 

Com a entrega desta sexta para o governo federal, não há mais material para processamento em nenhuma etapa de produção.

 

De acordo com o Butantan, até a chegada de novos lotes do IFA, os setores assumem a produção da vacina da gripe.

 

O governo de São Paulo tem participado de reuniões com o embaixador do Brasil na China para tentar viabilizar a autorização para a exportação dos insumos da vacina.

 

Doria atribui os entraves na importação às constantes declarações contra a China feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

A CoronaVac corresponde a aproximadamente 75% das vacinas contra a Covid aplicadas no Programa Nacional de Imunização (PNI).

 

No estado de São Paulo, ao menos 65 cidades já interoperam a aplicação da segunda dose por falta da CoronaVac, segundo levantamento da GloboNews.

 

Contratos com o Ministério da Saúde


O Butantan cumpriu na quarta-feira (12) a entrega de todas as 46 milhões de doses da CoronaVac previstas no primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para o PNI.

 

Inicialmente, o montante total estava previsto para o final de abril, mas houve atraso por conta da falta de matéria-prima.

 

A remessa de 1,1 milhão de doses enviada nesta sexta (14) já é referente ao segundo contrato de 54 milhões de doses que devem ser entregues até setembro.

 

Na segunda (10), Dimas Covas disse que o programa nacional poderá ser afetado a partir de junho, caso o Instituto não receba um novo lote.

 

Veja abaixo as entregas de doses do Butantan ao ministério:

 

Janeiro: 8,7 milhões


Fevereiro: 4,583 milhões


Março: 22,7 milhões


5 de abril : 1 milhão


7 de abril : 1 milhão


12 de abril : 1,5 milhão


14 de abril: 1 milhão


19 de abril: 700 mil


22 de abril: 180 mil


30 de abril: 420 mil


6 de maio: 1 milhão


10 de maio: 2 milhões


12 de maio: 1 milhão - totalizando as 46 milhões do primeiro contrato

 

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14 de maio: 1,1 milhão

 

Fonte: G1

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