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04/08/2021

Cigarro eletrônico é prejudicial à saúde e precisa ser regulamentado

Foto: Reprodução

Novo relatório da OMS alerta sobre os perigos do produto. O oncologista Carlos Gil Ferreira afirma que o cigarro eletrônico inclui substâncias tóxicas que podem levar

O cigarro eletrônico foi introduzido no comércio como sendo uma boa opção para substituir o cigarro convencional porque não queima tabaco para liberar a nicotina. Mas, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no último dia 27 de julho, não é uma opção tão boa assim. “A nicotina é muito viciante, e os cigarros eletrônicos de nicotina são perigosos e devem ser mais bem regulamentados”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

 

De acordo com o oncologista torácico Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, embora não tenha muitas das substâncias tóxicas liberadas pela queima do tabaco, o cigarro eletrônico libera outras substâncias que podem ter potencial cancerígeno “O dispositivo tem um depósito onde é colocado um líquido concentrado de nicotina, que é aquecido e inalado pela pessoa. Esse líquido além da nicotina, possui ainda um produto solvente e um químico de sabor. Isso é prejudicial e estudos estão em andamento para avaliar a relação com câncer de pulmão”, diz o médico.

 

A OMS alerta que os fabricantes desses produtos querem, geralmente, atrair crianças e adolescentes, com uma enorme variedade de aromas e sabores, por exemplo. A preocupação é que a nicotina tem efeitos dramáticos no desenvolvimento do cérebro em menores de 20 anos de idade e ainda considera que as crianças que usam esses dispositivos têm mais chances de se tornarem fumantes na vida adulta.

 

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No Brasil, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas pela ANVISA. Porém, segundo o relatório, 84 países não contam com quaisquer medidas contra a proliferação deste tipo de produto. Outros 32 países proíbem a venda desses cigarros eletrônicos de nicotina, e 79 adotaram pelo menos uma medida para limitar seu uso, como a proibição da propaganda.

 

É importante alertar que o tabagismo mata 8 milhões de pessoas por ano, das quais 1 milhão são fumantes passivos, segundo a OMS.

 

Tabagismo durante a pandemia

 

Uma pesquisa de comportamento na pandemia da Fundação Oswaldo Cruz, realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas em 2020, mostrou que o consumo de cigarros aumentou durante a pandemia.

 

Segundo o oncologista Carlos Gil Ferreira, o tabagismo é um importante fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como problemas cardiovasculares, doenças respiratórias, diabetes e, o mais grave, câncer de pulmão. “A maioria dos pacientes diagnosticados com a doença é ou já foi fumante. Quem fuma também é mais vulnerável a desenvolver um quadro grave da Covid-19, uma vez que têm o pulmão maiscomprometido”, diz o médico.

 

Portanto, parar de fumar é uma batalha que pode e deve ser vencida – mas não sem ajuda. A nicotina é considerada droga e pode levar a dependência química. “Quando a pessoa resolve parar, sofre desconfortos físicos e psicológicos que podem trazer sofrimento. Por isso, é importante procurar ajuda profissional e não julgar ou desencorajar quem está passando pelo problema”, afirma o oncologista.

 

Sobre Dr. Carlos Gil Ferreira

 

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Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). Desde 2018 é Presidente do Instituto Oncoclínicas e Diretor Científico do Grupo Oncoclínicas. No âmbito nacional e internacional foi Membro Titular da Comissão Científica (CCVISA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

 

No âmbito internacional é membro do Career Development and Fellowship Committee e do Bylaws Committee da International Association for the Research and Treatment of Lung Cancer (IALSC), da qual faz parte do comitê diretivo; Diretor no Brasil da International Network for Cancer Treatment and Research (INCTR); Membro do Board da Americas Health Foundation (AHF). Editor do Livro Oncologia Molecular (ganhador do Prêmio Jabuti em 2005) e Editor Geral da Série Câncer da Editora Atheneu. Já publicou mais de 100 artigos em revistas internacionais. 

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