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Política - Eleições 2022
10/08/2022

Ciro diz que Bolsonaro tenta fazer uso eleitoral de policiais e chama de fraude veto a reajuste

Foto: Reprodução

Candidato do PDT ao Planalto participou de reunião com entidade de policiais rodoviários federais. Presidente da FenaPRF diz que Bolsonaro força a barra ao tentar se vincular à categoria.

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, classificou nesta quarta-feira (10) de "fraude" o veto feito pelo presidente Jair Bolsonaro ao reajuste para policiais e criticou o que disse ser um uso eleitoral e partidário da categoria.

 

A declaração foi dada após o candidato participar de uma reunião na Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), nesta quarta-feira (10), em Brasília.

 

No encontro, os representantes da PRF disseram ver como "forçação de barra" o que consideram uma vinculação que o presidente tenta fazer entre a imagem dele e a da PRF.

 

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Os policiais também entregaram a Ciro uma carta elaborada para os candidatos ao Palácio do Planalto, com uma lista de reivindicações e propostas.

 

Bolsonaro sancionou nesta quarta o Orçamento de 2023, mas vetou um item que previa reajuste de salário específico para policiais e integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

 

O presidente chegou a prometer o reajuste aos policiais, mas recuou após outras categorias ameaçarem com paralisações, caso também não recebessem aumento.

 

“Me parece uma fraude, porque havia uma expectativa, na medida em que eles lutaram junto ao Congresso e o Congresso aprovou, de que o presidente concordasse com isso”, disse Ciro Gomes.

 

O candidato disse ainda que é possível prometer algum tipo de reajuste para a categoria, que poderia ser dado caso ele seja eleito, mas que a concessão "não pode ser um cavalo de pau".

 

“Sob o ponto de vista da pedida salarial, vencido o teto de gastos e o modelo tributário que eu quero fazer, eu voltar pelo menos a sinalizar no tempo – não pode ser um cavalo de pau – que eles vão ter de novo uma equivalência razoável com as carreiras de Estado”, afirmou. Ele prometeu, ainda, um novo modelo previdenciário.

 

Ciro Gomes também elogiou a categoria dos policiais rodoviários federais e criticou suposta exploração eleitoral e partidária por parte do presidente da República.

 

“Eu conheço a categoria. É, antes de mais nada, profissional. Agora, o presidente da República tem todo o direito de prestar contas do que o serviço público sob a sua gestão produz. Se a nossa PRF tem bons êxitos, que bom, o Bolsonaro tem todo o direito de mostrar isso e dizer: ‘Olha, a minha polícia rodoviária fazendo’. Isso é um assunto pacífico para mim”, disse.

 

“O que não pode é fazer aquilo que Bolsonaro às vezes está fazendo, como se isso envolvesse fora da função de Estado deles, que é a de fidelidade à administração pública, de obediência à hierarquia em que a cabeça é o presidente da República, e você envolver assunto eleitoral e partidário”, continuou.

 

BOLSONARO FAZ "FORÇAÇÃO DE BARRA" 


Na carta feita para os candidatos à Presidência, os policiais rodoviários federais dizem desejar que as eleições deste ano transcorram "da melhor forma possível" e em um ambiente "democrático e livre".

 

De acordo com o presidente da federação, Dovercino Borges Neto, não havia essa demanda em 2018, mas a entidade decidiu incluir o pleito em meio ao "acirramento" dos dias atuais. “É natural que a gente se preocupe e defenda a democracia”, disse.

 

Questionado sobre possível uso político das polícias por Bolsonaro, o presidente da federação disse que a PRF é “de Estado, independente de governo”.

 

“Embora haja essa forçação de barra com o atual presidente para vincular essa imagem com os resultados positivos que a PRF apresenta, que os nossos policiais entregam, nós somos uma polícia de Estado, jamais de governo, e o nosso trabalho é para proteger e entregar um serviço de qualidade para a sociedade, independente do presidente”, afirmou.

 

PEDIDOS DA PRF 


Entre os pleitos da categoria está a criação de um fundo próprio não contingenciável (ou seja, não submetido a bloqueios orçamentários) com valores arrecadados por meio de multas e escoltas de veículos. O objetivo é utilizar os recursos em atividades de policiamento, fiscalização e educação para o trânsito.

 

Os policiais rodoviários também pedem mudanças na previdência social e na pensão para os agentes e o estabelecimento de uma nova legislação para a carreira, com escala de trabalho, programas de apoio à saúde física e mental e adicional noturno e de insalubridade.

 

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Eles apontam ainda que há um “abismo” na estrutura remuneratória em comparação a outras carreiras de Estado, com uma defasagem de 48% no salário inicial.

 

Fonte: G1

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