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01/11/2020

Competições acadêmicas movimentam rotina de estudantes e contribuem para aprendizado

Foto: Reprodução

Em meio à rotina de estudos acadêmicos, envolver-se em competições que demandam horas de treinamento e leitura, não parece um programa muito divertido. Mas é assim que estudantes do curso do curso de Direito, área que conta com as disputas acadêmicas mais

 Em meio à rotina de estudos acadêmicos, envolver-se em competições que demandam horas de treinamento e leitura, não parece um programa muito divertido. Mas é assim que estudantes do curso do curso de Direito, área que conta com as disputas acadêmicas mais tradicionais, vêm se entretendo durante o curso.

 

“Quando os processos vieram, reuníamos todos os dias, das 14h às 18h, aos sábados também. Durante a competição, íamos todos os dias pela manhã para a faculdade, colocar o discurso na ponta da língua, revisar, tirar dúvidas. Foram mais de 1200 páginas de processo para serem analisadas e para serem colocadas em palavras na tribuna em dois dias. O resultado compensou tudo”, afirma o estudante do 6º período do curso de Direito, Edilson Neto, da faculdade Martha Falcão.

 

A instituição consagrou-se campeã do VIII Júri Simulado da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Amazonas (OAB-AM) no último dia 26.10 com a equipe formada pelos alunos Lauana Viana, João Pedro Pascarelli, Sérgio Tomaz e Edilson Neto, que também foi eleito o melhor orador da competição. A equipe iniciou o treinamento e os estudos no mês de junho e conquistou, em setembro, o vice-campeonato na V edição dos Jogos Jurídicos da OAB-AM. Nesta competição, Neto também foi eleito o melhor orador, arrebatando quatro premiações em dois meses.

 

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“O treinamento e o próprio evento servem como oficina prática para os alunos, que, certamente, aprenderam muito mais nesses dias. Trabalhamos os processos, que foram casos reais julgados pelo Tribunal do Júri, e em alguns, como na final, conseguimos absolver a ré que, no julgamento de verdade, foi condenada”, explica o professor orientador, João Batista.

 

Este ano, caso “Marcelaine”, uma tentativa de homicídio ocorrida em 2014 em decorrência de um triângulo amoroso, foi o tema da final da competição. A socialite Marcelaine Schumman foi condenada a sete anos de prisão em 2016, além do pagamento de R$ 40 mil por danos morais para a bacharel em direito Denise Almeida, vítima da tentativa de homicídio, que mantinha um relacionamento amoroso com o mesmo amante de Marcelaine.

 

A competição reuniu acadêmicos de 10 faculdades de direito do Amazonas,entre públicas e privadas. Os debates iniciaram no dia 19 de outubro com a participação de 54 acadêmicos. Neste ano, o evento homenageou o defensor público Antônio Ederval de Lima, falecido em agosto, que atuou por mais de 30 anos em vários casos emblemáticos como o ‘Caso Belota’.

 

“Sempre tive muito medo de participar de competições acadêmicas e desde o primeiro contato em sala de aula com o Prof.° João Batista, ele nos incentivou. A verdade é que saímos de cima da tribuna prontos para a vida profissional e é ali que conseguimos fazer um bom networking tanto com profissionais presentes, como com os demais estudantes que futuramente também serão profissionais como nós”, afirma a aluna Lauana Viana, do 6º período.

 

Edilson Neto concorda: “Participar de competições é muito importante porque possibilita ao aluno desenvolver o máximo que ele puder e acabamos vistos por procuradores, juízes, promotores, advogados, todo o meio jurídico”.

 

Lauana ressalta ainda que a experiência serve ainda como direcionamento para escolher em que área que se quer atuar. “Cursamos cinco anos de faculdade e muita das vezes saímos sem saber em que área queremos atuar, ou até mesmo sem experiência jurídica. Em competições como essas, um dos maiores benefícios é que durante as semanas de competição você é de fato treinado para a advocacia”, comemorou o aluno Edilson Neto.

 

De acordo com o professor João Batista, os processos de aprendizagem em competição desenvolvem postura, profissionalismo, comunicação eficiente e criatividade. “Além disso, permitem uma intensa interação com outros estudantes e culturas e tradições jurídicas”, explica.

 

Pódio duplo

 

Foto: Reprodução

 

Durante a V edição dos Jogos Jurídicos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB-AM), em que conquistaram o segundo lugar, a equipe já vinha de uma rotina intensa de treinamento.

 

“Com minha primeira dupla, João Pedro Pascareli, repassava nosso discurso todos os dias até o primeiro debate da fase grupos com a orientação direta do professor João Batista, que sempre nos incentivou a dar o máximo de nós. Já na fase de “mata-mata”, com minha parceira, Lauana Viana, virávamos a noite nos preparando, pois tínhamos apenas um dia de treino para cada embate até a final. Foi bem mais desafiador e, no fim, tivemos o sentimento de dever cumprido”, explica Edilson Neto.

 

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Oito equipes disputaram a V Edição dos Jogos Jurídicos da OAB-AM que neste ano fez uma homenagem ao atual presidente da Ordem, Marco Aurélio de Lima Choy. A equipe da faculdade Martha Falcão ficou em segundo lugar, garantindo lugar no pódio nos últimos três anos.

 

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