Cerca de 50 mil chineses vivem na cidade de Prato, na Itália. Trata-se da maior comunidade chinesa no país europeu. Mesmo em solo italiano, cercados pelo maior número de casos de mortes pelo novo coronavírus, seguem sem registrar um infectado sequer. O segredo: anteciparam a própria quarentena.
Enquanto a Covid-19 crescia na China e silenciosamente se espalhava pela Itália, eles foram alvos de discriminação, de acordo com a Anistia Internacional, sendo acusados de poderem contaminar o país do Velho Continente. Agora, são apontados com exemplo por terem antecipado medidas de isolamento social que os italianos se recusaram, em um primeiro momento.
— Nós, italianos, tememos que os chineses de Prato fossem o problema. Quando, na verdade, eles foram muito melhores do que nós — afirmou Renzo Berti, secretário de saúde da região, que inclui Florença. — Entre os chineses residentes em Prato não há um único caso de contágio da Covid-19.
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Os chineses representam cerca de 25% da população de Prato, mas Berti credita a eles o fato de os números do novo coronavírus na cidade ser praticamente a metade da média na Itália inteira - cerca de 62 casos por 100 mil habitantes, contra 115 por 100 mil no país.
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A comunidade chinesa em Prato cresceu inicialmente ao redor da indústria têxtil e se colocou em quarentena no fim de janeiro, três semanas antes de a Itália registrar o primeiro caso de infecção. Muitos deles estavam retornando da celebração do Ano Novo Chinês, na ocasião, epicentro da doença.
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