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Educação
12/03/2020

Cuidado com o crédito estudantil fácil, pode ser golpe

Foto: Divulgação

Telemarketing

O telefone toca e a atendente questiona por que o estudante não foi retirar o crédito estudantil de R$ 200. O tom é sempre duro, quase uma bronca. E quando o consumidor chega ao local, se depara com a venda de cursos de informática.

 

"Estava dirigindo quando atendi a ligação e a pessoa sabia o nome do meu filho", conta a advogada Renata Giusti. "Questionei como ela tinha aquela informação e a atendente me disse que pegou o nome no cadastro do MEC (Ministério da Educação)".

 

Ainda inconformada com a abordagem e intrigada com a insistência, Renata resolveu consultar o colégio onde o filho estuda. "Eu não fiz o cadastro dele em nenhum lugar, aquilo me parecia um golpe, liguei na escola e a coordenação também não sabia do que se tratava." Essa situação ocorreu no ano passado e neste ano ligaram novamente para Renata, com a mesma abordagem.

 

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Há relatos nas redes sociais de pessoas que foram até o endereço indicado na esperança de conseguir o crédito de R$ 200, mas se depararam com a matrícula de um curso de informática. Como aconteceu com Fabiana Pereira.

 

"Disseram que meu filho tinha o crédito de R$ 200 por dois anos, mas eu deveria ir naquele mesmo dia até o local para receber", conta. "Quando questionei sobre os dados do meu filho, como conseguiram, me disseram que um grupo de empresários queria ajudar crianças, que dariam o dinheiro em espécie para eu investir na formação do meu filho."


Fabiana decidiu ir ao local indicado após a quinta ligação seguida. "Cheguei ao endereço indicado e estava lotado. Entreguei os documentos do meu filho na recepção, fui levada até uma sala e me apresentaram um portifólio com vários cursos", diz. "A atendente me informou que ele teria um crédito de R$ 200 e eu só pagaria R$ 350, quando disse que não tinha interesse, a moça rasgou o contrato na minha frente e disse 'tchau! Saí indignada."

 

Até hoje Fabiana recebe ligações. "Atendi e disse que não tenho interesse em curso algum. A moça foi super mal educada e desligou o telefone na minha cara. Sempre ligam e na bina aparece um número de celular, não tem como retornar a ligação."

 

O Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) informa que a melhor maneira do consumidor se defender é denunciar a empresa. Renata Reis, coordenadora de atendimento do Procon-SP, orienta a "não assinar nada antes de ler atentamente, em caso de dúvida, traga o contrato até o Procon, muitas vezes, o consumidor é induzido ao erro".

 

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Renata destaca também que esse tipo de abordagem é "abusiva e indevida" e orienta a fazer a denúncia. "É importante que o consumidor denuncie esse tipo de prática para que o Procon possa multar ou reaplicar a multa em caso de ser uma empresa reincidente."

 

R7

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