18 de Abril de 2024 - Ano 10
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24/09/2021

Decreto de Bolsonaro abre caminho para filho indicar corregedor da Receita

Foto: Reprodução

Flávio Bolsonaro

Um decreto presidencial que altera os critérios para preenchimento de cargos do sistema de corregedorias da República passou despercebido da oposição e do respeitável público. Mas é considerado por auditores da Receita um exemplo do que o blog considera a principal marca do governo Bolsonaro: o filhotismo.

 

Em agosto deste ano, um mês depois de ficar vaga a cadeira de corregedor da Receita Federal, o presidente alterou o critério para preenchimento do cargo. A alteração permitiu que servidores aposentados ocupassem o posto máximo das unidades correcionais do Executivo, o que era vetado pelo decreto anterior de 2005.

 

Onde entra Flávio Bolsonaro nesta história? Denunciado por lavagem de dinheiro, o "Zero Um" tem óbvio interesse no posto. Mas seu preferido para a função, o auditor Dagoberto Lemos, é servidor aposentado. Pelas regras que valiam até a canetada do pai, jamais poderia ser o poderoso corregedor da Receita.

 

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O caso não deixa de ser um constrangimento (para pegar leve) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem a Receita está subordinada. Em julho, o ministro assinou uma portaria exonerando o ex-corregedor Barros Neto, cujo mandato havia terminado, e nomeando Guilherme Bibiani.

 

Atual delegado da Delegacia de Fiscalização de Comércio Exterior em São Paulo, Bibiani teve o nome aprovado pela CGU, foi referendado pelo chefe da Receita e por Paulo Guedes, mas sua nomeação está travada na Casa Civil.

 

Simplesmente, a portaria de Paulo Guedes não foi publicada. Só a exoneração de Neto saiu. Ou seja, Paulo Guedes, que já foi o posto Ipiranga da República, hoje não tem força nem para nomear o segundo escalão da Receita. A coluna procurou o Ministério para entender o motivo de a nomeação não ter sido publicada, mas ainda não recebeu retorno.

 

Bibiani, o corregedor vetado, é considerado um nome técnico que jamais concordaria em transformar a Receita em blindagem de políticos aliados do governo ou trincheira de ataque para os inimigos. Muito menos em compactuar com corrupção.

 

A permissão para que ex-servidores assumam chefias das corregedorias fez Dagoberto, o preferido do "Zero Um", comemorar em uma rede social: "Diante de uma missão, jamais vou recuar".

 

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Auditores da Receita ouvidos pelo blog estão em pé de guerra, caso o filhotismo vença os critérios republicanos. 

 

Fonte: G1

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