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12/11/2019

DENÚNCIA: Bebê morre após o parto por falta de preparo e por negligência de médicos no município de Pauini, interior do Amazonas

Foto: Divulgação

O hospital não tem equipamentos de auto padrão o suficiente para atender a demanda no município.

 O "PORTAL DO ZACARIAS" recebeu uma denúncia através do nosso Whatsapp que mostra como anda a saúde do estado do Amazonas, tanto do interior como da capital.

 

Um morador do município de Pauini, interior do Amazonas distante 1054 quilômetros da capital, Manaus, nos procurou para trazer sua denúncia a respeito do despreparo e o descaso de alguns médicos que compõe a rede pública de saúde.

 

De acordo com a denúncia, uma mulher estava tendo um acompanhamento durante o pré-natal de sua gravidez na UBS do município, mas como ela estava com pouca passagem e não poderia ter o parto normal devido a essa condição, o médico que acompanhava sua gravidez encaminhou  grávida para uma avaliação na Unidade Hospitalar de Pauini.

 

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Porém, ao chegar lá o médico que os receberam, não leu com atenção o encaminhamento onde deixava claro que a paciente possuia uma desproporção pélvica, mas mesmo assim o médico fez o seu parto, causando complicações ao bebê que teve sofrimento fetal.

 

Veja o depoimento do marido e pai das vítimas:

 

"Minha esposa estava grávida e fizemos o acompanhamento pré-natal da UBS do município de Pauini. Ao que tudo indicava, minha esposa tinha pouca passagem para ter um parto normal.


Dia 24 de outubro, deste ano, fomos fazer novamente o pré-natal, chegando lá, o médico que acompanhava ela no pré-natal examinou ela e como sempre, a criança não apresentava problemas de sofrimento fetal, sempre os batimentos cardíacos da criança está bom, segundo o médico.


Pedi um encaminhamento porque estava com receio de que algo viesse a acontecer tanto com a mãe, quanto com a criança. Foi daí que o médico da UBS, deu um encaminhando para ela ser avaliada na Unidade Hospitalar de Pauini. Segundo o médico do pré-Natal, como no hospital tinha médico teria que ser encaminhada para lá, caso não tivesse médico no hospital ele encaminharia direto para o município vizinho, Boca do Acre.


No mesmo dia, 24, só chegar no hospital, fizeram perguntas, como ela estava se sentia dor, ela respondeu que desde o início de sua gestação não sentia dores. O médico que ficava sob aviso estava no hospital, juntamente com uma médica residente.


Eles nem olharam direito para o encaminhamento, pois se tivessem visto com atenção teriam visto que o médico da UBS tinha colocado no encaminhamento desproporção pélvica, com uma interrogação. Já avisando de um possível perigo no momento do parto.


O médico sob aviso, pediu a caderneta dela do pré-Natal para olhar, logo após, pediu a última ultrassom da minha esposa. Como não estava em posse dela, tive que ir em casa buscá-lá a pedido dele. O que mais me chamou a atenção é que enquanto fui buscar a ultrassom eles fizeram avalição nela, sem a minha presença.


Depois que cheguei, eles disseram que ela tinha pouca passagem, mas dava para fazer o parto normal. E que não precisava viajar, mesmo eu pedindo o encaminhamento dele.


O que resultou é que não viajei confiando na palavra desse médico. No dia 31 pela madrugada, minha esposa começou a sofrer ela até perdeu um pouco de líquido. Chamei a ambulância e fomos para o hospital.


Chegando lá, foi fizerem uma avalição assim que chegamos e outra pela manhã às 06. Nessas duas avaliações, segundo a médica residente, minha esposa estava bem e a criança estava com os batimentos bons.


O que mais me chama a atenção é que a minha esposa entrou para a sala de parto, acho que umas noves horas da manhã, ela fica mais ou menos uma hora na sala de parto e a criança nasce viva, mas com complicações devido o sofrimento no momento do parto. Tiveram que cortar pelos dois lados as partes íntimas da minha esposa e até os dias de hoje, ela estava com dificuldades para se locomover.


Tiveram que tirar o oxigênio de outra pessoa para dar para meu filho, pois não tinha outro, mas, somente um. Tinha apenas um aparelho daqueles de medir os batimentos da criança. Não tem equipamentos necessários para atender a população do munícipio que tanto necessita de um atendimento mais adequado.

O meu filho estava bem em todas as consultas pré-natal e só após o parto, ele morreu.

Minha esposa deu entrada no hospital dia 31 de outubro e dia 02 meu filho faleceu porque não tinha cirurgião na cidade e porque não tinha passagem suficiente para ter parto normal.

 

Meu filho foi encaminhando um dia depois de nascido para Rio Branco, mas devido a chuva o avião não decolou. O que mais me chama a atenção é porque não foi enviado assim que ele apresentou tais complicações.

 

Muitas crianças já morreram por causa desse caos na saúde pública em Pauini."

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