A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ao participar da abertura do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD), no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (27/4), comparou as negativas de “golpe” contra ela em 2016 à prática de esconder cadáveres usadas pelo regime militar durante a ditadura.
Ao lembrar do impeachment, a ex-presidente enfatizou a inexistência de manobras contábeis que ficaram conhecidas como “pedaladas fiscais”, motivo expresso na acusação que custou o mandato da petista.
Dilma apontou as várias formas de violência existentes no país e lembrou ter sido vítima da ditadura militar.
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“A violência no Brasil assumiu muitas formas e eu presenciei algumas. Eu presenciei a absoluta violência da ditadura em relação aos opositores. Primeiro: preso político não existia. Quando a gente estava preso, o que a gente escutava era que a gente não existia”, lembrou a ex-presidente.
“Preso político de fato não existe nesse país, é uma ficção. A ficção éramos nós presos nos cárceres da ditadura”, ironizou. “Esse país não é um país pouco violento. Pelo contrário. É um país que tortura, assassina e esconde o cadáver”, analisou.
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“Esconder o cadáver é uma prática fundamental que foi usada, por exemplo, para esconder que o Jonatan foi morto, que os Kaingangs tiveram meninas estupradas. Esconder o cadáver é também dizer que não havia golpe, e sim pedalada fiscal”, enfatizou a ex-presidente.
Fonte: Metrópoles