Membros da CPI da Covid, no Senado
Senadores que integram a CPI da Covid foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira para manifestar apoio ao ministro Alexandre de Moraes e pedir o compartilhamento das provas do inquérito das fake news, em que o presidente Jair Bolsonaro foi incluído a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Estavam presentes na reunião cerca de 10 senadores, entre eles o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo os parlamentares, Moraes aceitou o pedido de compartilhamento.
Procurado pelo GLOBO, o gabinete de Moraes não confirma o compartilhamento e nem eventual extensão da medida.
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É importante esse compartilhamento [das provas das fake news] para embasar o relatório da CPI com informações mais aprofundadas. Leva um tempo para fazer essa leitura, e a CPI tem uma duração menor, nós estamos quase chegando ao final. Quando você soma esses materiais, o resultado será muito melhor — disse a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) na saída da reunião.
Na última sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Senado um pedido de impeachment contra Moraes, em mais um capítulo da crise institucional entre os Poderes. Além do inquérito das fake news, Moraes é relator de outras três ações que têm como alvo o presidente.
Viemos refutar qualquer possibilidade disso passar no Senado. Na Casa, há mais de 65 senadores que consideram esse pedido totalmente impertinente, inadequado. O Brasil tem centenas de outras prioridades —, afirmou Randolfe.
A reunião entre os senadores e o ministro do STF durou cerca de 30 minutos e foi realizada no gabinete de Moraes.
No pedido de impeachment apresentado ao Senado na última sexta, Bolsonaro solicitou a destituição de Moraes da condição de ministro do Supremo e a sua inabilitação para exercício de função pública durante oito anos. A tramitação do pedido depende de decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
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Fotos: Reprodução
Fonte: Extra