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Política - Eleições 2022
22/05/2022

Endividamento das famílias: o que dizem pré-candidatos à Presidência

Foto: Reprodução

Enquanto os planos de governo não são apresentados, g1 levanta as declarações dos presidenciáveis sobre temas relevantes aos brasileiros.

Sete em cada 10 famílias brasileiras têm alguma dívida em aberto, segundo o último levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

 

O g1 reuniu as declarações dos presidenciáveis sobre o assunto. Leia o que os pré-candidatos pensam sobre o endividamento das famílias:

 

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LULA (PT)

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta (12) de encontro com sindicalistas em SP — Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

 

Lula citou o tema no lançamento de sua pré-candidatura, mas não detalhou até aqui como vai reduzir endividamento das famílias.

 

“Viver ficou muito mais caro. Neste primeiro trimestre de 2022, a renda familiar dos brasileiros desabou para o menor nível dos últimos dez anos. O resultado é que 77,7% das famílias estão endividadas. E o mais triste é que grande parte dessas famílias estão se endividando não para pagar a viagem de férias com os filhos, ou a reforma da casa própria, ou a compra de uma televisão ou de uma geladeira. Elas estão se endividando para comer. Ou seja: o Brasil voltou a um passado sombrio que havíamos superado", disse, no lançamento da pré-candidatura, em 7 de maio.

 

JAIR BOLSONARO (PL)

 

O presidente Jair Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto em 4 de maio de 2022 — Foto: Adriano Machado/Reuters

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) considera o Auxílio Brasil uma política que contribui para amenizar o endividamento das famílias. Segundo ele, o fato do programa social manter o pagamento para pessoas que busquem emprego funciona como uma forma de os brasileiros conseguirem renda extra para pagar dívidas. Bolsonaro não também apresentou até aqui um plano direcionado exclusivamente para diminuir o endividamento.

 

"A concessão do novo auxílio, chamado Auxílio Brasil. O Bolsa Família pagava em média R$ 900... Em média, R$ 190. O novo auxílio passou a pagar, no mínimo, R$ 400. Tem muita família que ganha o dobro disso. É uma ajuda do governo federal aos mais necessitados e a grande mudança no Auxílio Brasil em relação ao Bolsa Família: quem for trabalhar não perde o Auxílio Brasil", afirmou, em 5 de maio, durante entrega de obra hídrica na Paraíba.

 

CIRO GOMES (PDT)

 

Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT — Foto: Vinicius do Prado/Agência F8/Estadão Conteúdo

 

Ciro Gomes (PDT) tem defendido um plano — apresentado na campanha presidencial de 2018 — que prevê que o governo faça uma espécie de empréstimo para que as famílias saiam do endividamento.

 

A proposta visa a negociar com bancos para que os juros de dívidas ativam sejam diminuídos.

 

“Então, veja: salário em depressão, o consumo das famílias vem da renda. A informalidade hoje está impondo ao povo brasileiro uma depressão na renda sem precedente e o consumo das famílias vem do crédito. Emprego e renda vêm depois que cresce. Portanto, onde eu posso fazer uma coisa para começar a inverter a lógica é no crédito colapsado das famílias. 78 de cem famílias brasileiras estão superendividadas. Isso é recorde. E como o povo brasileiro é honesto, você tem que entender por que que 65 milhões dos brasileiros estão inadimplentes, com o nome sujo no SPC. Portanto, banidos do crédito. Então, o que que eu vou fazer: vir em socorro das famílias brasileiras com o Banco do Brasil e Caixa Econômica, vou promover um leilão reverso: todos os grandes credores vão ser chamados para um leilão reverso. Quem der o maior desconto, o governo chama primeiro para negociar e pagar. Como vai pagar? Emprestar para família brasileira, só que eu vou trocar juros de 350%, que é um assalto a mão desarmada [...] então eu tiro Banco do Brasil e Caixa Econômica e vou rivalizar, em bases profissionais, só que eu vou trocar os juros de 300% por um juros de 15%, que é uma exorbitância, remunera muito bem o banco, mas vai permitir à família brasileira tirar o nome do SPC”, disse, em entrevista à TV Bandeirantes, no dia 8 de maio.

 

JOÃO DORIA (PSDB)

 

O governador João Doria (PSDB) em evento nesta quinta-feira (31) em São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo

 

Para João Doria (PSDB), a forma de resolver a questão é "garantir renda e previsibilidade" para as famílias, sem interferir no setor privado.

 

"O governo estimulou artificialmente a economia e a fatura chegou. As pessoas confiaram e se endividaram muito, e agora sofrem com inflação alta e juros mais altos ainda. O resultado é a inadimplência subindo. O que o governo pode fazer é garantir renda e previsibilidade para essas pessoas, mas não pode intervir no setor privado", afirmou o tucano, ao g1, em posicionamento enviado por sua assessoria de imprensa em 19 de maio.

 

ANDRÉ JANONES (AVANTE)

 

André Janones, pré-candidato ao Planalto pelo Avante — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Fotos: Reprodução

 

André Janones (Avante) diz que seu governo atacaria a inflação e criaria um programa de renda mínima para que as famílias endividadas consigam colocar as contas em dia.

 

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"O endividamento das famílias é um drama que atinge quase 80% dos lares brasileiros. É importante ressaltar que a situação é resultado de um desgoverno que não tem qualquer empatia com as necessidades do povo brasileiro e um ministro que insiste em culpar os pobres pelos enormes problemas do país. Não existe solução mágica. Há, primeiro, que se enxergar que a realidade do Brasil é cuidar dos que mais precisam e não oferecer condições especiais a amigos empresários do governo. O que precisamos fazer? Mudar essa lógica. Oferecer estabilidade política para controlar a inflação, programa de renda mínima para melhorar as condições dos que passam fome, um plano real para criação de empregos e renda, e normas claras que regulem a cobrança de juros estratosféricos no sistema bancário", disse ao g1, em posicionamento enviado por sua assessoria de imprensa, em 19 de maio.

 

Fonte: G1

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