Comando Central dos EUA diz que alvo era indivíduo envolvido em planejamento de ataque aos EUA e que há um morto, mas que não há relato de civis atingidos. Na quinta-feira, Biden havia prometido
Militares dos Estados Unidos atacaram com drones o braço do Estado Islâmico no Afeganistão no sábado (28, horário local - noite de sexta-feira, 27, no Brasil), bombardeando o local onde estaria um membro do grupo.
A ação ocorreu menos de 48 horas depois que um ataque suicida assumido pelo grupo matou 169 afegãos e 13 militares americanos no aeroporto de Cabul.
O Comando Central dos EUA disse que o ataque com drones em Nangahar foi lançado sobre um membro do Estado Islâmico-Khorasan (braço afegão do Estado Islâmico) que se acredita estar envolvido no planejamento de ataques contra os EUA em Cabul.
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O ataque matou um indivíduo. O porta-voz do capitão da Marinha, William Urban, afirmou que não há relato de mortes de civis.
Ainda não está claro se o indivíduo morto estava envolvido especificamente na explosão suicida de quinta-feira fora dos portões do aeroporto de Cabul, onde multidões de afegãos tentavam desesperadamente entrar, buscando deixar o país após a tomada de poder pelo Talibã.
O ataque aéreo cumpriu uma promessa que o presidente Joe Biden fez à nação na quinta-feira, quando disse que os autores do ataque não poderiam se esconder. "Vamos caçá-los e fazê-los pagar", disse ele.
Os líderes do Pentágono disseram aos repórteres na sexta-feira que estavam preparados para qualquer ação de retaliação que o presidente ordenasse.
“Temos opções lá agora”, disse o Maj. Gen. Hank Taylor, do Estado-Maior Conjunto do Pentágono.
Alerta
Também nesta sexta, o governo norte-americano pediu a seus cidadãos que deixem "imediatamente" os portões do aeroporto de Cabul. O Pentágono disse que a arriscada operação de evacuação dos americanos e aliados afegãos seguia enfrentando "ameaças específicas e confiáveis".
"Os cidadãos americanos que estão agora no portão de Abbey, no portão Leste, no portão Norte ou no portão do Novo Escritório do Interior devem sair imediatamente", informou a embaixada dos Estados Unidos em Cabul em um alerta de segurança.
Estado Islâmico-K x Talibã
O Estado Islâmico-Khorasan , também conhecido por sua sigla em inglês, Isis-k, é o braço afegão do Estado Islâmico. "Khorasan" é um nome histórico da região que inclui partes de onde ficam atualmente Paquistão, Irã, Afeganistão e Ásia Central.
O EI-K reivindicou alguns dos ataques mais violentos dos últimos anos no Afeganistão e no Paquistão.
O grupo massacrou civis nos dois países em mesquitas, santuários, praças e até hospitais, além de ter executado ataques contra muçulmanos de alas que considera hereges - em particular os xiitas.
Fotos: Reprodução
Embora o EI-K e os Talibãs sejam militantes islâmicos sunitas de linha dura, também são rivais e divergem em temas de religião e estratégia. Cada um diz representar a verdadeira bandeira da Jihad.
As divergências provocaram confrontos sangrentos, dos quais os talibãs geralmente saíram vitoriosos desde 2019, quando o EI-Khorasan foi incapaz de controlar um território como fez seu grupo parente no Oriente Médio.
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Em um sinal de inimizade entre os grupos jihadistas, os comunicados do EI se referem aos talibãs como apóstatas.
Fonte: G1