Adolescente, de 14 anos, terá que passar por cirurgias para eliminar cicatrizes
A família da estudante de 14 anos que teve o rosto retalhado por colega na escola municipal Caio Pompeu de Toledo, em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, pretende arrecadar dinheiro para viabilizar a realização de uma cirurgia plástica que elimine ou atenue as cicatrizes deixadas pelo ataque.
Para tanto, os parentes da jovem criaram uma vaquinha virtual com o objetivo de obter R$ 30 mil, quantia que cobriria os valores da cirurgia (R$ 15 mil), internação hospitalar (R$ 3 mil) e da consulta médica (R$ 450,00).
"Estamos fazendo uma rifa e tem um pessoal que está fazendo festival do time de futebol de bairro. Para a gente, a renda não dá [para custear]. Estamos bem abalados, desesperados e indignados", complementou a pedagoga Vanessa de Almeida Reis, tia da adolescente.
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Após o ataque, ocorrido na última segunda-feira (11), a garota — que mora com a mãe, o padastro e outros três irmãos — deixou de frequentar a escola e se isolou dentro de casa. Segundo Vanessa, a menina passou a ter um comportamento anormal.
"Na verdade, ela está bem abalada psicologicamente, estressada e com muita raiva. A ficha dela parece estar caindo agora. É um comportamento que você pode esperar. Ela se fechou e não fala muito do assunto. Está muito quieta", afirmou a tia.
O ataque
De acordo com os parentes da adolescente ferida, a discussão entre as meninas teve início nas redes sociais. Ambas trocaram ofensas na internet e estavam sem se falar. Porém, uma terceira estudante teria provocado o atrito entre ambas que culminou em uma briga dentro da sala de aula.
"As duas começaram a discutir em sala de aula e, quando menos se esperava, estavam se agredindo. Quando a agressora viu que não estava dando conta, tirou a lâmina do bolso e começou a passar no rosto da minha sobrinha. Agrediu verbalmente, fisicamente e ela ficou com lesões. O professor estava em sala de aula, tentou separar e teve um corte na mão. As crianças também tentaram separar", disse Vanessa, de acordo com o relato feito pela sobrinha.
A jovem que desferiu os golpes tem 15 anos, foi apreendida e encaminhada para uma unidade da Fundação Casa. A família da agressora procurou os parentes da vítima e teria pago por alguns medicamentos, mas se afastado em seguida. "Compraram alguns remédios, mas desde a terça-feira passada se afastaram. Prometeram mais, mas gente não está confiando muito que eles vão ajudar mais", lamentou a pedagoga.
Fora da escola
Após a briga, a jovem não deverá mais retornar aos estudos. "Ela está afastada da escola. O diretor disse para ela não ir mais neste ano. Como está no nono ano, concluiu [o ensino fundamental] e vai para o primeiro ano do ensino médio", concluiu Vanessa de Almeida Reis.
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Ocorrência policial
A aluna ferida foi levada para um hospital da região por funcionários da escola e socorrida. Posteriormente, a jovem passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) e a família registrou a ocorrência no 54º DP (Cidade Tiradentes), delegacia que atende o bairro.
R7