Processo foi instaurado após Dallagnol afirmar que algumas decisões do Supremo passavam uma mensagem de leniência’ a favor da corrupção
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux , cassou no final da tarde de ontem, quarta-feira (6) uma liminar que impedia o julgamento do procurador da República Deltan Dallagnol pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A decisão de Fux atende a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Dallagnol é o coordenador da Força-Tarefa da Operação Lava Jato no Paraná. Em agosto, uma decisão da Justiça Federal suspendeu o julgamento de um processo administrativo disciplinar contra ele.
O processo foi instaurado depois que Deltan deu uma entrevista à rádio CBN afirmando que algumas decisões do Supremo passavam uma mensagem de “leniência’ a favor da corrupção.
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Na ocasião, Dallagnol criticou a decisão do STF de transferir para a Justiça Federal do Distrito Federal os depoimentos de delatores da Odebrecht referentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ex-ministro Guido Mantega.
"Os três membros de sempre do Supremo Tribunal Federal que tiram tudo de Curitiba e mandam tudo para a Justiça Eleitoral e que dão sempre os habeas corpus, que estão sempre se tornando uma panelinha assim...que mandam uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção", disse o procurador.
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Em sua decisão, Fux disse que o processo contra Dallagnol deve ser julgado até o seu final e determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o assunto.
iG / Agência O Globo