24 de Abril de 2024 - Ano 10
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04/04/2020

Governo Bolsonaro tem 42% de avaliação ‘ruim’ ou ‘péssima’ em abril, aponta Datafolha

Foto: Reprodução

Pesquisas também mostram que Mandetta, da Saúde, tem mais aprovação do que o presidente

Principais responsáveis pelas medidas de isolamento social como tentativa de “achatar” a curva de contágio do coronavírus na população brasileira, os governadores tiveram aumento de 18 pontos porcentuais na taxa de aprovação entre março e abril.

 

No mesmo período, o porcentual de entrevistados que considera a gestão do presidente Jair Bolsonaro como ruim ou péssima oscilou no limite da margem de erro: de 36%, mês passado, para 42%. Já com relação à condução das políticas de combate ao covid-19, a aprovação de Bolsonaro ficou abaixo da registrada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta


Os dados fazem parte da pesquisa XP com a População, realizada pela instituição financeira em parceria com o Ipespe, e divulgada nesta sexta-feira, 3. Foram ouvidas 1.000 pessoas, por telefone, entre os dias 30 de março e primeiro de abril – período de maior embate entre Bolsonaro e os governadores e Mandetta. Enquanto o presidente defende o fim das medidas de restrição de circulação, os chefes dos Executivos estaduais e o ministro afirmam a necessidade de manter a política de isolamento para evitar a propagação do coronavírus. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos porcentuais.

 

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Segundo o levantamento, a proporção dos entrevistados que consideram a administração dos governadores como “ótima ou boa” subiu de 26% em meados de março para 44% em abril. O período coincide com a decretação de medidas de isolamento social nos Estados e com o foco sobre governadores, como João Doria (PSDB), de São Paulo, e Wilson Witzel (PSC), do Rio, que entraram em confronto com Bolsonaro nas últimas semanas.

 


A atuação do presidente na condução da crise foi considerada “ruim ou péssima” por 44% dos entrevistados. Outros 29% enxergaram o desempenho do presidente durante a pandemia como “ótimo ou bom” e 21%, como “regular”. Em suas declarações públicas, Bolsonaro vem minimizando os efeitos do coronavírus e defendendo o chamado isolamento vertical – segundo o qual somente idosos e pessoas no grupo de risco deveriam ficar em casa.

 

 

Segundo ele, isso seria uma forma de preservar a Economia e evitar um desemprego em massa em decorrência das medidas de isolamento. Mandetta teve sua atuação aprovada por 68%, segundo a pesquisa. O ministro vem se equilibrando entre defender critérios técnicos para definir ações do Ministério da Saúde para minorar os efeitos do vírus e não melindrar o presidente.

 

A relação entre os dois, no entanto, já está esgarçada. No sábado, durante tensa reunião com demais ministros, Mandetta afirmou, conforme revelou o Estado, que se o presidente insistisse em defender o retorno ao trabalho seria obrigado a contestá-lo. Bolsonaro respondeu que se isso ocorresse iria demiti-lo. Na quinta-feira, 3, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que o ministro “não tem humildade” e, apesar de dizer que não pretende demiti-lo “no meio da guerra”, ressaltou que ele não é “indemissível”.

 

Desaprovação

 


Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto (Foto: Sergio Lima/AFP)


A pesquisa também registrou que a desaprovação do governo Bolsonaro atingiu 42% em abril, ante 36% em março. É o maior nível de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato, ainda que a oscilação tenha sido no limite da margem de erro da pesquisa. A proporção dos que avaliam o governo como “ótimo ou bom” oscilou de 30% para 28% no período, também dentro da margem – apesar de, nominalmente, ser a primeira vez que a taxa fica abaixo do nível dos 30%.

 

A aprovação da atuação do presidente está empatada, na margem de erro, com a do Congresso (30%), da população (34%), e do Supremo Tribunal Federal (29%), mas abaixo da do ministro da Economia, Paulo Guedes (37%) e dos profissionais da saúde (87%).

 

A pesquisa também captou deterioração nas expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro. A proporção da população que espera que o governo dele seja “ruim ou péssimo” de agora em diante oscilou de 33% para 37%, enquanto a avaliação “ótima ou boa” variou de 38% para 34%. “O que estamos vendo é que Bolsonaro mantém esse núcleo de apoio em torno de 30% e isso é o que ele precisa para chegar até 2022. Não esperamos mudança no comportamento dele”, disse o head de Macro Sales e Análise Política da XP, Richard Back.

 

Para 51%, Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda na crise, diz Datafolha

 


Outra pesquisa, divulgada pelo Instituto Datafolha, mostra que mais da metade dos brasileiros (51%) julgam que Bolsonaro tem atrapalhado mais do que ajudado durante a crise do coronavírus. O instituto entrevistou 1.511 pessoas, por telefone, entre primeiro de abril e esta sexta-feira, 3.

 

A pesquisa, que tem margem de erro de 3 pontos porcentuais, também mostra que a aprovação do Ministério da Saúde, liderado por Mandetta, subiu 21 pontos porcentuais, de 55% na pesquisa anterior – feita entre 18 e 20 março – para 76%.

 

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A reprovação à maneira como Bolsonaro tem agido na crise causada pelo coronavírus oscilou no período. Na pesquisa anterior, 33% reprovavam. Agora, são 39%. A aprovação variou de 35% para 33%, e a avaliação de que o presidente é “regular” foi de 26% para 25%, ambas dentro da margem de erro.

 

Ao avaliar a atuação dos governadores dos Estados durante a crise, 58% dos entrevistados a aprovam (ante 55% na pesquisa anterior). Os que reprovam são os mesmos 16%. Já os que avaliam os gestores estaduais como “regular” são 23% agora, ante 28% em março.  

 

O Estado de S.Paulo

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