25 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
26/09/2020

Infecções crescem na França e Europa bate recorde de novos casos de covid

Foto: Reprodução

Autoridades francesas alertaram para a saturação dos hospitais e pediram que a população se proteja para evitar medidas mais duras de isolamento

Com o mundo se aproximando de um milhão de mortes por covid-19, o número de novas infecções voltou a bater recorde na Europa, puxado principalmente pela França, que registrou ontem 15,8 mil novos casos. Autoridades francesas alertaram para a saturação dos hospitais e pediram que a população se proteja para evitar medidas mais duras de isolamento.

 

O total de casos na França ultrapassou ontem a marca de 500 mil - o terceiro país da Europa mais afetado pela covid. O número de mortos, que vinha se mantendo, em média, em torno de 50 por dia, triplicou e ontem chegou a 150. Mas o problema não é só francês. A americana Maria van Kerkhove, diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pela covid-19, disse ontem que "os números da Europa estão indo na direção errada".

 

"Estamos no fim de setembro e ainda nem começamos a temporada de gripe. Por isso, o que nos preocupa é a possibilidade de que essa tendência esteja indo na direção errada", afirmou a epidemiologista. "Queremos evitar novos lockdowns nacionais, como estava acontecendo no início." Segundo ela, o uso do corticoide dexametasona "está salvando vidas".

 

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Em Paris, declarada zona de "alerta elevado", na quarta-feira, autoridades regionais alertaram que 20% das operações cirúrgicas teriam de ser adiadas neste fim de semana, porque os hospitais estavam "se aproximando da saturação" em razão das internações pro covid.

 

Precaução

 

Na quinta-feira, 24, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, alertou a população, em pronunciamento da TV, que a situação é grave e a adoção de medidas de proteção é urgente. Em seu relatório semanal, o governo contabilizou, na semana de 14 a 20 de setembro, um aumento de 25% no número de mortes, de 34% nas internações em hospitais e 40% na ocupação de UTIs.

 

Na França, 45 departamentos estão acima de 50 casos por 100 mil habitantes e 16 acima de 100 casos por 100 mil. Em Paris, o número de infecções confirmadas atingiu 217 por cada 100 mil pessoas. O que mais preocupa, segundo especialistas, é o aumento do número de casos na faixa etária acima de 65 anos.

 

O relatório do governo indica que a maioria dos novos infectados pegou o vírus no ambientes de trabalho, seguido por escolas e universidades e aglomerações públicas e privadas. Apesar do agravamento da situação, a decisão de fechar bares e restaurantes em Marselha e Aix-en-Provence, considerada zona de "alerta máximo", a partir de hoje, provocou revolta de autoridades locais e proprietários. Em Paris e em várias outras grandes cidades, onde a contaminação também se acelerou, os estabelecimentos devem fechar às 22 horas.

 

As restrições também afetaram o torneio de tênis de Roland Garros, o Aberto da França, que vai até o dia 11 de outubro. Apesar de liberar a presença de público, o número de espectadores foi limitado a mil pessoas.

 

Na Holanda, o primeiro-ministro, Mark Rutte, também alertou sobre uma segunda onda de infecções após o país registrar 2,7 mil novos casos em 24 horas. "Os números parecem terríveis. A situação é muito preocupante e nos obriga a tomar medidas extras", disse o premiê, que anunciará novas restrições na semana que vem.

 

Na Espanha - que teve 735 mil casos confirmado desde o início da pandemia -, o governo central de Madri entrou em rota de colisão com as autoridades locais. Ontem, o comando da capital espanhola rejeitou os apelos do governo central para um lockdown total da cidade, mantendo apenas alguns distritos em quarentena.

 

Quando a ordem entrar em vigor, na segunda-feira, mais de um milhão de pessoas só terão permissão para entrar e sair de suas zonas de origem por motivo de trabalho, escola, questões legais ou de saúde. As reuniões públicas e privadas foram limitadas a seis pessoas e os parques, fechados.

 

Islândia

 

A situação parece ter se agravado até em países que tinham a pandemia sob controle. Ontem, o governo da Islândia anunciou umnicho de cerca de 100 infecções que teriam sido causadas por dois turistas franceses.

 

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Thorolfur Gudnason, epidemiologista do governo, disse que os dois franceses chegaram em meados de agosto e testaram positivo, mas se recusaram ficar em isolamento. Os casos foram rastreados e ligados à ida dos turistas a dois bares de Reykjavik - 2 mil pessoas foram colocadas em quarentena. 

 

Época Negócios

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