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26/11/2020

Itamaraty responde à China e diz que tom de embaixada sobre post de Eduardo Bolsonaro foi 'ofensivo e desrespeitoso'

Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro: polêmica com China

Em um tom pouco diplomático, o Itamaraty enviou uma carta à embaixada da China no Brasil, na última quarta-feira, com críticas à forma como a representação do país asiático reagiu às publicações feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em uma rede social, na segunda-feira, que diziam que o Partido Comunista Chinês faria espionagem, caso a empresa Huawei entrasse no mercado de telefonia móvel com velocidade 5G.

 

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a nota divulgada pela embaixada no dia seguinte , em resposta ao parlamentar, foi de conteúdo "ofensivo e desrespeitoso" e prejudica a imagem da China junto à opinião pública brasileira.

 

Eduardo Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter uma série de posts em que comemorava a suposta adesão do governo brasileiro ao programa Redes Limpas. No material, dizia que o país estava se afastando da tecnologia da China e que a iniciativa norte-americana criava uma rede de 5G segura, "sem espionagem" chinesa. Mais tarde o deputado apagou a postagem.

 

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Na terça-feira, a embaixada chinesa em Brasília pediu providências ao governo brasileiro, disse que as declarações de Eduardo Bolsonaro eram caluniosas e alertou que as consequências poderiam ser negativas. O deputado poderia "carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil".

 

Já a carta dirigida à embaixada da China, divulgada pela CNN e confirmada pelo GLOBO, afirma que o tratamento de temas de interesse comum por parte de diplomatas chineses através das redes sociais não é construtivo, pois "cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que porventura não desejem promover as boas relações entre o Brasil e a China". Porém, sem entrar em detalhes, o Itamaraty assegurou que as declarações feitas pelo parlamentar serão tratadas "de maneira apropriada".

 

Na carta, o Ministério das Relações Exteriores enfatizou ter considerado "inadequado" que a embaixada tenha se pronunciado sobre as relações do Brasil com outros países, " "tendo presente que a embaixada do Brasil em Pequim não se pronuncia sobre as relações da República Popular da China com terceiros países".

 

O Itamaraty não citou nomes, mas se referia aos Estados Unidos, que vem causando irritação às autoridades chinesas, ao pressionar o Brasil a banir a empresa de tecnologia Huawei da lista de empresas que poderão fornecer equipamentos para o 5G.

 

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"O governo brasileiro tem se abstido de qualquer manifestação sobre a República Popular da China que atraem grande atenção da opinião pública mundial. Da mesma forma, o governo brasileiro espera que embaixada da República Popular da China se abstenha de manifestar-se sobre assuntos da República Federativa do Brasil", diz um trecho da carta do Itamaraty.

 

Fonte: O Globo

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