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21/01/2020

Kamala e Amala: conheça a bizarra história das meninas que foram criadas por lobos na índia

Foto: Divulgação

Na década de 1920, um reverendo revelou ao mundo a chocante descoberta de duas crianças selvagens

Em 1920, o reverendo e diretor de um orfanato, Joseph Amrito Lal Singh, ouviu rumores de que duas meninas haviam sido abandonadas e eram criadas por lobos em uma floresta perto da aldeia de Godamuri, no distrito de Midnapore, Índia. Instigado, Singh resolver fazer um retiro espiritual na selva, com a intenção de encontrar as garotas.

 

Após dias vagando pela mata, o reverendo se deparou com duas crianças vivendo em uma toca de lobos. Resgatadas, ele as batizou de Kamala e Amala, sendo que a primeira tinha 8 anos, e a mais nova apenas 1 ano e meio.

 

A partir de então Joseph começou a escrever em um diário sobre o cotidiano e características das irmãs. Em 17 de outubro de 1920, o religioso escreveu: “a mãe loba, cuja natureza era tão feroz e afeição tão sublime, me surpreendeu. Fiquei espantado ao pensar que um animal tinha um sentimento tão nobre que superava até da humanidade para conceder todo o amor e carinho de uma mãe afeiçoada e ideal a esses seres peculiares”.

 

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Segundo o reverendo Singh, Kamala e Amala não falavam, andavam de quatro (como os lobos), eram desconfiadas e uivavam durante a noite. Morando com ele e a esposa na casa de adoção, as meninas apresentavam um comportamento hostil, mordendo e arranhando as pessoas, rejeitavam comida cozida e recusavam usar roupas.

 

 

Elas viveram no orfanato até o último dia de suas vidas. Amala morreu apenas dez meses depois de ser retirada da floresta, de infecção nos rins. Já Kamala, aprendeu algumas palavras e, com dificuldade, andava de maneira ereta. Faleceu aos 17 anos, de tuberculose. Joseph registrou que a única vez que Kamala chorou foi no dia da morte da irmã.


Lenda ou realidade?

 

Apesar de a história ter sido bem documentada, a única fonte — o diário do reverendo — pode ser fruto de sua ganância. Serge Aroles, cirurgião francês afirma em seu livro, Enigma das Crianças-Lobo, que o caso é uma farsa, uma tentativa de ganhar fama e dinheiro. A tese de Aroles é sustentada por estudiosos japoneses e franceses.

 

Em uma extensa pesquisa, Aroles conclui que o diário de Singh foi escrito seis anos após a morte de Kamala, em 1935. Ainda de acordo com o médico, as meninas não apresentavam nenhum tipo de anomalia, como o reverendo alegava. O cirurgião afirma possuir cartas na qual Joseph explicava para terceiros o interesse financeiro na publicação de seu livro: Diário dos Filhos de Lobo de Midnapore.

 

A foto mais famosa das meninas-lobo é mais uma das mentiras que rodeiam a narrativa. Nela, duas crianças aparecem comendo uma carne crua direto do chão, mas na verdade a imagem mostra duas garotas que o reverendo contratou para que posassem como Amala e Kamala, em 1937 — muito tempo após a morte de ambas.

 

Fotos: Reprodução

 

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Não se sabe sobre o destino de Joseph Singh, mas a história das meninas-lobo de Midnapore é até hoje disseminada. Se foi real ou não, a resposta é incerta. A lenda é eternizada nas palavras da autora da Igreja da Unidade, Imelda Octavia Shanklin, que aponta a lado sentimental da experiência: “a besta que as adotou mostrava mais amor por elas do que suas mães humanas”.

 

Uol

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