Língua peluda: saiba o que é o sintoma incomum da Covid-19

Fadiga, febre, dor de garganta, tosse, dores musculares e, em alguns casos, perda de olfato e paladar. Esses são os sintomas mais conhecidos da Covid-19 após dois anos de pandemia. Mas um especialista norte-americano revela que o coronavírus pode causar sinais atípicos em um pequeno grupo de pessoas. Um deles é a língua peluda, também conhecida como língua pilosa.

“É mais comum do que as pessoas pensam, mas no caso da Covid-19, ainda é raro”, disse o professor Ching-Hong, especialista em doenças infecciosas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.O professor explica que o sintoma ocorre quando as células mais velhas da língua não são substituídas e acabam se acumulando.

O fenômeno pode ocorrer devido a infecções virais, de modo geral, e a Covid-19 não é exceção. Quando ele acontece, há formação de uma camada escura, espessa e porosa no músculo.

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O resultado é a língua com coloração escura e textura grossa, podendo ficar até mesmo preta.A característica também pode ser notada em indivíduos que fumam frequentemente, ou usam determinados tipos de antibióticos. A maior incidência é em pessoas que fazem uma higienização inadequada da boca.

“Eu sei que parece realmente assustador, mas é temporário”, disse o especialista.

Chin-Hong também explica que algumas pessoas podem sentir uma sensação de queimação dentro da boca. Mesmo assim, não há motivo para ficar assustado: usar raspadores de língua ou escovas de dentes específicas ajuda a amenizar o sintoma e evitar mais acúmulo de células.A língua peluda (ou pilosa) é inofensiva e tende a diminuir naturalmente em até uma semana, voltando à coloração e textura normais. Caso a aparência de pelos não reduza, a indicação é marcar uma consulta odontológica após a recuperação da Covid-19.

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CAUSA

Especialistas sugerem que a genética e a falta de vacinação podem levar à apresentação de sintomas diferentes da Covid-19. Outra hipótese é que o vírus cai na corrente sanguínea e causa as manifestações incomuns. Porém, ainda não se sabe se o fenômeno é gerado diretamente pelo coronavírus ou por uma resposta imune a ele.

Fonte: Metrópoles