Estudantes de Medicina, médicos, enfermeiros e trabalhadores da área de saúde marcharam durante uma grande paralisação do setor em Paris nesta quinta-feira (14). Sejam médicos, cuidadores ou funcionários administrativos, os funcionários do hospital se mobilizaram para solicitar ao governo de Emmanuel Macron um plano de emergência para os hospitais públicos da França.
Segundo os franceses, o hospital público está doente, com falta de pessoal, equipes beirando o esgotamento e mal remuneradas, com fechamento de leitos e uma lógica contábil em detrimento dos cuidados necessários aos pacientes.
Há cada vez mais profissionais dentro do hospital que compartilham desse diagnóstico e dessas queixas, e começam a expressá-las fora dos corredores da saúde pública na França, envolvendo indiscriminadamente cuidadores, serviços de segurança, enfermeiros e chefes de departamento.
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"Não somos mais capazes de realizarmos nossas missões"
O deputado do partido presidencial A República em Marcha (LREM), Olivier Véran, médico hospitalar, alertou: "Quando o hospital sai dos eixos, é difícil recuperá-lo". Novas medidas do governo Macron, que devem ser anunciadas em breve, terão que ser ambiciosas para conseguirem de acalmar os protestos, e terão que ser acompanhadas de novos investimentos. O orçamento da saúde para 2020 na França está sendo discutido neste momento no Parlamento.
Em um editorial publicado na quarta-feira (13) pelo jornal Le Monde, 70 médicos da Assistência Pública dos Hospitais de Paris (AP-HP) pediram o aumento do orçamento destinado à saúde e a correção dos salários dos cuidadores, temendo o que chamam de "ponto de ruptura irreversível".
"Não podemos mais garantir nossas missões em boas condições de qualidade e segurança do atendimento", alarmaram os profissionais, à frente dos departamentos de medicina universitária recentemente criados na AP-HP.
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Entre as reivindicações feitas por coletivos e sindicatos nesta quinta-feira, constam o aumento de salários, especialmente para os salários mais baixos, o aumento do número de funcionários e a reabertura de leitos previamente fechados.
RFI