19 de Abril de 2024 - Ano 10
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Manaus
08/06/2020

Manifestantes fazem ato contra governo, racismo e pela defesa de índios no Amazonas

Foto: Reprodução

Ato ocorreu na Zona Leste da capital do estado.

Manifestantes se reúnem na tarde deste domingo 7, em um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contra o racismo e em defesa dos povos indígenas no Amazonas.

 

O protesto ocorreu na Zona Leste de Manaus.

 

O ato começou por volta das 15h30 de forma pacífica, na Bola do Jorge Texeira, Avenida Itaúba, e foi convocado pelo Fórum de Juventude Negra do Amazonas, junto de outros coletivos em defesa da igualdade racial, por conta das manifestações registradas em todo o país, segundo Michelle Andrews, produtora cultural e ativista feminista negra.

 

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“Já é um hábito do movimento negro. E dessa diferença de tratamento racial que existe no país. É uma movimentação nacional. E o Movimento Negro do Amazonas não podia ficar de fora”, disse.

 

 

Por volta das 16h30, os manifestantes começaram a andar até avenida Camapauã em frente ao Terminal de ônibus (T4).

 

 

Por volta das 17h, os participantes pararam em frente ao terminal de ônibus, onde declamaram poesias em favor da causa negra e indígena.

 

A cineasta e membro do movimento negro, Keila Serruya lembrou que a luta pelos direitos iguais é histórica. “Quem mais morre no Brasil é a juventude negra. A cada 23 minutos morre um jovem negro no Brasil. Estamos lutando pelo óbvio, que é a nossa vida. Estamos resistindo há 500 anos”, disse.

 

Manifestantes lembraram que o ato é coletivo, é composto por vários grupos que defendem as mesmas causas: Fórum de Juventude Negra; Coletivo Ponta de Lança; Articulação Amazônica dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Aratrama); Projeto Direito à Memória; Cúpula 092; Marginal Letrandos; Kizomba; Coletivo Enegrecer; Associação Nossa Senhora da Conceição; Núcleo de Pretas, Pretos e Povos de Terreiro- Quilombo Petista; Ocupa Minart; Problema Entretenimento; Esse É o Nosso Norte; Coletivo Florescer; Portal do Movimento Popular; Rede Feminismo na Amazônia; UNEGRO; Movimento Hip-hop Favelafro; Comitê Antifascista do Amazonas.

 

A manifestação lembrou o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos. Uma gravação mostrou o então policial Derek Chauvin com o joelho prensado sobre o pescoço de Floyd, que dizia: "Não consigo respirar!". O gesto se tornou símbolo das manifestações contra o racismo. Chauvin e outros três policiais foram presos, acusados de assassinato e demitidos da corporação.

 

No ato, os participantes também exibiam cartazes contra Jair Bolsonaro.

 

 

Os manifestantes também lembraram a situação dos povos indígenas no Amazonas, que registra mais de 800 infectados e 40 mortos em razão da Covid-19. No sábado (6), três indígenas da etnia Kanamari, do Vale do Javari testaram positivo para o novo coronavírus. Eles são os primeiros indígenas da etnia a serem confirmados com a Covid-19.

 

Diante do avanço dos casos de coronavírus entre a população indígena, o procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliésio Marubo disse que é esperado o genocídio da comunidade, ou seja, extermínio parcial ou total desses povos.

 

Foto: Reprodução

 

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Ato encerrou por volta das 17h40, de forma pacífica, quando os manifestantes voltaram, se dispersando para o ponto de encontro, na Bola do Jorge Texeira. O trânsito no local foi liberado pelos agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (Immu).

 

G1

 

 


 

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