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14/12/2020

Marina Ruy Barbosa apoia atrizes que acusam preparador de elenco de assédio. VEJA

Foto: Reprodução

Atriz repostou relatos das atrizes Júlia Corrêa e Clara Ferrari

A atriz repostou os vídeos dos relatos feitos por Júlia Corrêa e Clara Ferrari. "É realmente muito triste que esse tipo coisa esteja tão perto. Meu Deus! Me arrepia ouvir esses relatos. Coragem e força", escreveu Marina.

 

Em vídeo publicado em sua conta no Instagram, Júlia Corrêa escreveu que ninguém fala o nome do "mago assediador", porque não é fácil ser vítima e correr risco de tomar um processo.

 

"Na?o pensei que voltaria a gravar vi?deos falando sobre isso, mas conversando com amigos eu precisava falar. Na?o da mais pra levar isso como normal no meio arti?stico. O abuso psicolo?gico e sexual sa?o constantes e no?s seguimos a vida como se nada estivesse acontecendo, mas esta?. Espero que mais e mais mulheres tenham coragem de falar sobre esses grandes mestres que esta?o acabando com os nossos sonhos e psicolo?gico", escreveu na legenda.

 

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Em seu relato, Júlia disse que durante o curso que fez com esse preparador de elenco, já sentia toques e "carinhos" que "não eram inocentes". "Não é fácil para mim fazer esse vídeo, mas conversando com amigos e, no atual momento, eu acho que é o ideal. Não dá mais para ficar calada. Tentei que outras meninas me ajudassem nesse processo porque eu escutei muitas coisas. Graças a Deus, eu fui muito protegida durante todo o tempo que eu tive perto desta pessoa. Nada sério aconteceu comigo, mas eu vi acontecer com outras pessoas", contou.

 

"Estou falando de um conhecido preparador de elenco do Rio de Janeiro, um grande mestre, uma grande mago, como ele é conhecido, e uma pessoa visualmente e fisicamente inofensiva, mas que não é. Enquanto eu fiz o curso dele foi tranquilo, foi maravilhoso, tirando alguns toques de abraço, que eram desconfortáveis. De carinhos que não eram inocentes. Depois, fui chamada para participar do grupo e foi ali que vi coisas piores. Foi ali que vi ao fim de cursos, meninas que foram discretamente coagidas a colocar a mão na genitália dele. Ele forçar e colocar enquanto ninguém estava vendo. Beijos forçados. Ele ia trazendo essas meninas para perto, sempre com um discurso muito bonito", contou.

 

 

Júlia revela ainda no vídeo que foi convidada para "tomar um banho" pelo homem. "Eu fui chamada para ir ao apartamento dele para "tomar um banho". Esse foi o convite, sim, para tomar um banho com ele. Outras meninas cheagaram a ir e passaram por situações complicadas. Mas o que mais me aflige é que eu me afastei desse ambiente de abuso, mas o curso dele sempre que tem tá cheio. Todo mundo coloca ele no lugar de um Deus, um mago e meninas estão sendo assediadas", completou.

 

Clara Ferrari também publicou um vídeo contanto seu caso. "Me chamo Clara, sou atriz e fui vítima de assédio sexual de um preparador de elenco muito influente e conhecido no meio artístico. Em 2017, me mudei para o Rio de Janeiro em busca do meu sonho de trabalhar como atriz. Vim de uma família humilde, que apesar de apoiar o meu sonho, não tinha condições financeiras de me ajudar a realizá-lo, fazendo com que eu viesse totalmente sozinha e por conta própria. Na época eu tinha 21 anos, não conhecia a cidade e muito menos as pessoas. Por já ter trabalhado com esse preparador de elenco, que era uma referência no meio artístico e que considerava um amigo querido... Acreditei que podia confiar nele, foi quando sofri o assédio e uma das maiores desilusões que já tive", escreveu na legenda.

 

No vídeo, Clara narra como tudo aconteceu. "Senti coragem de vir aqui compartilhar. Foi algo que me afetou muito. Tô realmente criando coragem. Nem sei como contar isso, só pessoas muito próximas sabem, por se tratar de uma pessoa muito influente, um preparador de elenco muito conhecido no meio artístico, muito respeitado e admirado. Eu não tinha voz, nunca me senti com voz para falar a respeito desse assunto. Enfim, o que aconteceu é que há três anos e meio atrás, quando estava me mudando para o Rio de Janeiro, participava de alguns workshops dessa pessoa. No dia 03 de abril, me mudei para o Rio sozinha, tinha 21 anos, estava totalmente sozinha na cidade. A pessoa que eu conhecia era esse preparador de elenco. Ele tem um jeito de falar poético, carinhoso, atencioso. Considerava uma pessoa muito querida, um amigo, um senhor. Tinha um carinho por ele como se fosse de um avô", disse.

 

"No dia 07 de abril, ele me chamou para a gente tomar um café, ele estava preparando alguns atores e ele me chamou para ir no apartamento no qual ele estava. E eu fui, fui como amiga que vai tomar café com uma pessoa. Fui e quando eu chego lá, a gente começa a conversar, ele perguntou porque eu estava vindo para o Rio, qual minha intenção. Ele começou a me desanimar, dizer que eu era muito ingênua, que não dava para vir para o Rio com essa mentalidade, que não ia conseguir as coisas sozinhas, que as coisas eram muito sujas, que eu ia ter que me envolver com algumas pessoas para conseguir o que eu queria e ser reconhecida, que não adiantava a minha inocência. Que eu tinha um rosto e corpo muito bonitos e era pra eu fazer uso disso", relembrou.

 


 

Clara afirmou que foi um baque ouvir tudo aquilo. "E, naquele momento, eu não estava entendendo, porque era a pessoa que sempre me elogiava, me ajudava, convidava para os workshops, foi um baque. No entanto, essa pessoa começou a dizer que eu não ia precisar fazer nada disso, porque eu tinha a amizade dele, que ele ia me ajudar com certeza. Depois de eu ter ficado muito triste e desanimada, no entanto, não tinha acontecido nada. Era a opinião de um mestre, de uma pessoa inteligente, renomada. Eu tava sentada no sofá e ele na minha frente. Falei: obrigada, já está na hora de eu ir embora", contou.

 

"E ele começou a passar a mão em mim, na minha perna. Eu estava sentada de frente, fiquei incomodada com aquilo, estava vindo pra cima de mim, se insinuando e eu estava em uma postura reta, não sabia como me portar. Ele começou a passar a mão em mim e eu levantei. Falei: vou chamar meu uber. Ele: não, fica mais um pouco, quero ficar com você, gosto da sua companhia. Ele veio pra cima de mim. Ele é mais baixo do que eu, começou a me beijar e, enfim, ele começou a beijar meu pescoço, passar mão na minha perna e beijou a minha boca. Eu fiquei paralisada, não estava entendendo o que tava acontecendo. É muito difícil falar ainda, porque eu não esperava. Eu não sabia como agir. Eu não esperava. Então, falei: você me desculpa, mas acho que você tá confundindo as coisas. Eu só conseguia pedir desculpas. Meu uber já tá chegando. Ele pegou na minha mão e disse: você não quer nem tentar? E nessa hora, balancei a cabeça e saí caminhando", completou.

 

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Clara disse que voltou para casa e não sabia o que fazer ou quem recorrer. Ela decidiu dar um tempo na carreira de atriz e entrou em depressão. "Eu não queria estar mais nesse meio, trabalhar com isso e estar com pessoas assim. Eu era ingênua e aprendi muito nesses anos. Esse é meu relato e queria dizer para as meninas que elas não estão sozinhas", finalizou.

 

Fonte: Marie Claire

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