Lionel Messi, Neymar e Mbappé escutam instruções do técnico Christophe Galtier em treino do PSG no Japão
O PSG tratou como questão de honra não perder Kylian Mbappé para o Real Madrid. Tanto na parte esportiva, para não ficar sem o atacante mais efetivo da equipe, quanto na institucional, reforçando o poder do projeto bilionário do Catar.
Ofereceu dinheiro e influência ao talento francês e projetou uma "faxina" no elenco para torná-lo competitivo no que mais importa: as fases decisivas da Liga dos Campeões, obsessão do clube.
Só que não é fácil dispensar atletas com altos salários, multas astronômicas e contratos em vigor. Como é o caso de Neymar, que só não deixou Paris por falta de uma proposta concreta. E ainda ativou a cláusula de extensão do contrato até 2027.
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O mundo sabe que o mais provável é que Neymar busque um "sprint" de rendimento até a Copa do Mundo e depois o seu desinteresse pelo esporte e pela profissão, já demonstrado inúmeras vezes em ações e palavras, o empurre para a acomodação no próprio clube francês ou em uma liga periférica, como a MLS, por exemplo,
Messi também deve se esforçar mais até o Mundial do Catar e depois é difícil imaginá-lo tão focado assim, depois de tantos prêmios, títulos e longe de sua amada Barcelona. Sem contar a "panela" que já armou com todos que falam espanhol no elenco, característica da personalidade do argentino que incomoda Mbappé.
Ou seja, na parte importante da jornada 2022/23, o PSG só pode contar de fato com seu camisa sete para tentar novamente a Champions.
Por isso é normal o choque de interesses neste início de temporada. Messi e Neymar correndo por suas seleções e o atacante de 23 anos pensando também na Copa, mas principalmente no projeto de vida que assinou até 2025.
Este que escreve teria ido para o Real Madrid, sem pensar duas vezes. Mas a vida é feita de escolhas.
Mbappé tem escolhido mal o comportamento. De "dono" do time, impondo ser o cobrador de pênaltis, virando as costas e desistindo do ataque quando não recebe a bola, criando atritos desnecessários e queimando a própria imagem.
Quem consegue fazer com que Neymar pareça um profissional com senso coletivo precisa mesmo repensar suas atitudes.
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Mbappé está certo no "conteúdo" e pensando lá na frente. A forma, porém, está totalmente equivocada e precisa de uma mudança de rota.
Fonte:UOL