Fluminense escapou de terminar o turno no Z-4, mas precisa fazer mais pontos a partir de agora
Os 18 pontos conquistados no primeiro turno foram o suficiente para que o Fluminense chegasse à metade do Brasileiro fora da zona do rebaixamento. Mas para que esse alívio — celebrado após a vitória sobre o Corinthians, no último domingo — seja definitivo, vai ser preciso fazer bem mais a partir de agora. Afinal, apenas repetir este aproveitamento na segunda parte do campeonato não evitará a degola.
O histórico do campeonato na era dos pontos corridos mostra que a pontuação necessária para garantir um time acima do Z-4 na virada dos turnos mais do que dobra ao fim do campeonato.
A explicação é simples. No segundo turno, a distribuição dos pontos muda, e o fluxo se torna mais intenso entre os clubes que ocupam a parte de baixo da tabela.
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— O returno é o campeonato do rebaixamento — define o matemático Tristão Garcia, do site “Infobola”: — O primeiro turno define quem disputa o título. Quem briga por pré-Libertadores ou ocupa aquela zona morta acaba perdendo o fôlego. E quem se aproveita são os que ainda têm o que jogar. No caso, os times da ponta e os ameaçados. Então é normal o pessoal de baixo pontuar mais. É o que vai acontecer.
Em 16 edições até aqui, só em três esta regra não se cumpriu. A mais recente foi em 2017. Com 22 pontos, a Chapecoense terminou o turno como primeiro à frente do Z-4. Ao fim do campeonato, quem ocupava esta posição e respirava aliviado era o Vitória, com 43. Mas o risco corrido pelos baianos foi tão grande que, com a mesma pontuação, o Coritiba e o Avaí foram rebaixados. O que definiu a queda foram os critérios de desempate.
Situação semelhante ocorreu em 2003. O turno terminou tendo o Juventude como o primeiro à frente da zona, com 25. Após 23 rodadas (a edição foi disputada por 24 clubes), a Ponte Preta ocupou este posto justamente com o dobro de pontos. Mas, com os mesmos 50 pontos, o Grêmio não escapou da Série B.
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A outra exceção foi em 2007, quando 24 pontos fizeram o Paraná ocupar a 16ª posição após 19 rodadas. Depois da 38ª, o Goiás escapou da degola, na mesma colocação, com “só” 45.
Hoje, o risco de queda do Fluminense é maior do que o do Cruzeiro, o primeiro dentro do Z-4. São 49% contra 44% dos mineiros. Este índice é determinado pelo nível de dificuldade da tabela para cada um. Mais um motivo para não relaxar.
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