24 de Abril de 2024 - Ano 10
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28/11/2020

Ministério da Saúde descarta ter vacina para toda a população em 2021

Foto: Reprodução

Além de quantidade insuficiente, grupos não contemplados nas pesquisas de imunizantes para Covid-19 devem ficar de fora, como gestantes e crianças

Representantes do Ministério da Saúde afirmaram na sexta-feira que não vai ter vacina para toda a população brasileira em 2021. Além do quantitativo insuficiente, há grupos que não estão participando dos testes, como crianças e gestantes, e que, por isso, não deverão ser imunizados inicialmente, explicou Francieli Fontana, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da pasta, ao ser questionada se o ministério já descarta ofertar vacina para todos no ano que vem:

 

— Nós definimos objetivos (com grupos prioritários) para a vacinação, porque não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira. Além disso, os estudos não preveeem estar trabalhando com todas as faixas etárias inicialmente, então não teríamos mesmo como vacinar toda a população brasileira.

 

Segundo a pasta, o público-alvo para a vacina ainda será definido, quando o imunizante estiver mais próximo de ser disponibilizado, devido à necessidade de se avaliar as características da substância, inclusive as indicações. Mas, segundo Elcio Franco, secretário-executivo do ministério, serão levados em conta os grupos com risco de ter o quadro grave da doença, a faixa etária, comorbidades e até "aspectos étnicos".

 

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Franco afirmou que a população estará segura, mesmo com grupos não vacinados, comparando o esquema de imunização da Covid-19 com a da gripe (influenza), que ocorre todos os anos com meta de alcançar 80 milhões de brasileiros:

 

— O fato de determinados grupos da população não serem imunzados não significa que não estão seguros, porque outros grupos que convivem com aqueles estão imunizados e dessa forma não vão ter a possibilidade de se contaminar com a doença. É por esse motivo que não vacinamos toda a população, por exemplo, contra a influenza.

 

O secretário afirmou que, mesmo do ponto de vista internacional, não há expectativas de se ter vacina para todos, citando que a Covax Facility, consórcio que reúne vários países para produção de imunizantes contra a Covid-19, tem como objetivo "um aceso a 2 bilhões de doses para vacinar todo o mundo".

 

— E por aí nós verificamos que é uma meta bastante ambiciosa, porque não se imagina que haverá vacina para se vacinar todos os cidadãos do planeta Terra — destacou o secretário.

 

No Brasil, há quatro vacinas sendo testadas. Nesta sexta-feira, o laboratório Janssen-Cilag, responsável por um dos estudos no país, enviou um pacote de dados sobre eficácia e segurança verificadas nas pesquisas para avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

O objetivo, com o envio parcial dos dados, conforme são produzidos, é agilizar um futuro pedido de registro na agência reguladora. O método, chamado de submissão contínua, foi criado para o contexto da pandemia, que exige urgência dos órgãos públicos. Tradicionalmente, todas as informações só são enviadas ao final das pesquisas.

 

O Janssen-Cilag é quarto laboratório a enviar os dados à Anvisa. Com isso, todas as farmacêuticas com pesquisa de vacinas em andamento no Brasil já iniciaram a remessa de informações ao órgão. Nenhum solicitou ainda o registro da vacina.

 

O governo federal apoia, inclusive com recursos alocados, a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universdade de Oxford, que poderá ser fabricada pela Fiocruz no país, caso aprovada pela Anvisa. O Brasil também participa do consórcio Covax Facility.

 

A estimativa da pasta, divulgada em outubro, era ter cerca de 140 milhões de doses disponíveis para a população brasileira já no primeiro semestre de 2021 por meio das duas iniciativas (AstraZeneca e Covax). E uma segunda fase, com produção de até 165 milhões de doses ainda no ano que vem, segundo informações do portal do Ministério da Saúde.

 

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Não se sabe quantas doses serão necessários para cada pessoa da vacina que vier a ser registrada. Além disso, a pesquisa da AstraZeneca foi colocada em xeque por falhas que vieram à tona em torno da aplicação errada de doses e a falta de transparência sobre o ocorrido. 

 

Fonte: O Globo

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