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12/04/2021

Mulher é presa por chamar rapaz de 'macaco fedorento' em ônibus. VEJA VÍDEO

Foto: Reprodução

Caso foi registrado como injúria racial no 1º DP de Praia Grande e mulher foi presa em flagrante. Parte da ação foi filmada por um dos passageiros do ônibus.

Uma mulher foi presa em flagrante após fazer ofensas racistas contra um passageiro dentro de um ônibus em Praia Grande, no litoral paulista. Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (12), a vítima, um autônomo de 29 anos, que preferiu não se identificar, relatou que estava conversando com a esposa no transporte coletivo quando foi surpreendido com os insultos.

 

O caso aconteceu no último sábado (10), na Linha 11, que atravessa Praia Grande até o limite com Mongaguá. Um dos passageiros gravou parte da ação da mulher. No vídeo, é possível ouvir quando ela diz "Macaco. Macaco fedorento. Tu não presta, tu é preto da senzala. Crioulo fedido. Tira os óculos e vai catar papelão vaga***** [sic]".

 

Porém, conforme conta o autônomo, ela chegou a desferir diversos outros xingamentos contra ele, além dos flagrados nas imagens. De acordo com ele, quando já estava há cerca de 10 minutos no ônibus e conversava com a esposa, um rapaz o avisou que a mulher estava direcionando os xingamentos a ele. "Eu olhei sem entender e, quando virei para trás, a moça simplesmente, gratuitamente, me olhou e falou 'é com você que estou falando mesmo seu macaco' ", relembra.

 

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Em seguida, ele afirma, que ainda sem entender, perguntou "a senhora está falando comigo?", momento que a mulher reforçou que falava sim com ele e o chamou novamente de macaco. "Sabe quando você não consegue assimilar tudo que está acontecendo? Foi isso que aconteceu. Eu travei. Minha mulher já levantou e a questionou, momento que a moça também a xingou de vaga*****", afirma.

 

Depois disso, o autônomo relata que a passageira que o ofendeu queria descer do ônibus e que ele e a esposa não deixaram. "Eu travei a passagem, sem encostar nela, e falei que ela não sairia enquanto a polícia não chegasse", conta.

 

Após os insultos, a esposa dele foi até o motorista do ônibus e pediu que ele parasse o veículo imediatamente, pois acionariam a polícia. A solicitação foi atendida pelo condutor, e, como ambos estavam sem celular, pediram ajuda aos passageiros, que solicitaram que a Polícia Militar comparecesse ao local. "Eu só tinha a certeza que aquilo não poderia sair impune e que tínhamos que tomar as atitudes legais", afirmou a auxiliar de escritório, de 33 anos.

 

O autônomo ainda relata que enquanto travava a passagem da mulher, ela disse que ele tentava assaltá-la. "Falou que eu era imundo, além dos outros xingamentos. Eu não a ofendi, apenas falei 'espera a viatura chegar'. Então ela disse 'quando a viatura chegar você vai preso', quando perguntei o porquê, ela respondeu 'porque você é preto, macaco, da senzala e tem que estar na cadeia' ", relata.

 

Apesar disse, o rapaz tentou se manter calmo e aguardou a chegada da polícia. "Eu já sofri racismo outra vez, mas dessa vez não poderia deixar de denunciar. Nada justifica um ato racista, é um ódio gratuito. A pessoa te acha menor por você ser diferente. Você se sente impotente. Isso que aconteceu comigo, de certa maneira, acontece todo dia, com muitas pessoas", desabafa.

 

Um dos passageiros que viu o ocorrido também lamentou a atitude da mulher. "Quando entrei no ônibus, no bairro Jardim Real, ela já estava o xingando de 'macaco', 'negrinho da senzala'. Ficamos revoltados, ligamos para polícia e a mulher continuou xingando ele. Você via descer lágrimas dos olhos do rapaz, mas ele aguentou firme. Ela chamou ele até de ladrão. Isso não pode ficar impune", disse o auxiliar de serviços gerais Josafa Almeida, de 35 anos, em entrevista ao G1.

 

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A PM atendeu a ocorrência e o caso foi registrado como injúria racial pelo 1º DP de Praia Grande, onde a mulher foi presa em flagrante. O G1 solicitou posicionamento à Viação Piracicabana sobre o ocorrido, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A defesa da mulher não foi encontrada para comentar o caso.

 

Fonte: G1

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