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08/08/2022

Nicolinha vai para Dubai receber prêmio por ser uma das 100 crianças-prodígio do mundo

Foto: Reprodução

Em dezembro de 2021, Nicole Oliveira Semião, de 9 anos, conhecida no meio astronômico como Nicolinha, “a astrônoma amadora mais jovem do mundo”, foi anunciada pelo Global Child Prodigy Awards 2022 como uma das 100 crianças-prodígio de todo o planeta.

 

De acordo com o site oficial da premiação, o GCP Awards é “a primeira e única iniciativa do mundo” que reconhece as maiores crianças-prodígio do globo a cada ano, em vários setores.

 

Ainda segundo a plataforma, eles incentivam crianças de até 15 anos de idade a mostrar seu talento e singularidade ao público global, para figurarem no top 100, além de ganharem destaque no Livro Anual Global de Crianças-Prodígio. “O GCP Awards visa reconhecer prodígios de várias categorias, como artes, música, dança, escrita, modelagem, atuação, ciência e esportes, entre outras, proporcionando-lhes exposição global para se destacarem em seus respectivos domínios”.

 

 

No campo da astronomia, essa premiação é inédita, o que torna ainda mais especial esse momento para Nicolinha, que é a única brasileira a ser indicada. “Eu estou tão feliz que não tenho palavras para descrever esse momento!”, publicou Nicolinha em sua página oficial no Instagram, quando soube que havia sido selecionada. “Apenas agradecer a Deus, minha família, todas as pessoas que acreditam em mim e no meu trabalho e a todos os meus seguidores que estão sempre aqui comigo me dando força e me incentivando e me apoiando”.

 

Em entrevista ao Olhar Digital, a menina destacou o que mais a deixou feliz com a indicação. “Esse prêmio é muito importante para mim, e eu estou muito, muito, muito animada, porque é o reconhecimento do meu trabalho na astronomia, e eu vou poder inspirar mais crianças a gostarem dessa área”.

 

 

No post, Nicolinha compartilhou a arte enviada pela organização do evento que a parabeniza por ter sido selecionada. “Parabéns! Você alcançou com sucesso o TOP 100 Child Prodigies em todo o mundo”, diz o comunicado, segundo o qual as crianças escolhidas são de 68 países do globo.

 

Ainda de acordo com o comunicado, a equipe GCP Awards estava planejando uma cerimônia de premiação em Dubai, que deveria acontecer na última semana de fevereiro de 2022. “O evento receberá os vencedores do Global Child Prodigy de todo o mundo, que serão homenageados com este prestigioso prêmio por algumas das personalidades mais proeminentes do mundo”.

 

No entanto, os planos estariam sujeitos a alterações, de acordo com a evolução da pandemia de Covid-19. Sendo assim, o evento acabou sendo transferido para o dia 20 de agosto.

 

 

Se, por um lado, a ansiedade aumenta quando ocorrem esses adiamentos, por outro, a família da nossa pequena astrônoma teve mais tempo para se organizar, principalmente em termos financeiros, já que uma viagem como essa requer um investimento considerável.

 

E, além de doações recebidas por meio de uma campanha na internet, que recebeu o apoio da escola de idiomas CCAA Maceió, eles puderam contar com o patrocínio do grupo Alchymist, de Jericoacoara, no Ceará, para realizar esse sonho.

 

“Quando tomamos conhecimento da história da Nicolinha, enxergamos imediatamente que estávamos diante de um diamante preciosíssimo, uma criança realmente diferente, com um talento incrível e um futuro brilhante pela frente”, disse Clea Girão, diretora comercial do grupo. “Logo fui conversar com Giorgio Bonelli, presidente do Grupo Alchymist, que por ser um homem visionário e entusiasta de grandes projetos, logo percebeu o potencial da Nicolinha e se dispôs a ajudar para a realização dessa conquista e da viagem a Dubai”.

 

Reconhecimento da NASA

 

Entre os muitos méritos que fizeram Nicolinha estar entre as 100 crianças-prodígio do mundo está a detecção de 32 asteroides por meio do programa International Astronomical Search Collaboration (IASC – Programa de Colaboração de Pesquisa Astronômica Internacional, em tradução livre) da NASA.

 

Esse programa trabalha com 5 mil escolas por ano, em 80 países. “A maioria desses alunos está no ensino médio ou na faculdade”, disse Patrick Miller, diretor do IASC, em entrevista concedida por email ao Olhar Digital, em julho do ano passado.

 

 

Na época, Nicolinha havia descoberto “apenas” sete asteroides. “Suas sete observações ainda não são descobertas oficiais. São as primeiras detecções de asteroides muito tênues. Com o tempo, se essas detecções forem confirmadas por observações adicionais feitas por grandes telescópios de programas de busca de asteroides como o Pan STARRS e o Catalina Sky Survey, elas podem se tornar descobertas que são numeradas pela União Astronômica Internacional (IAU). Esse processo, desde a primeira detecção até o status de descoberta, leva de seis a oito anos. Uma vez numerados os asteroides, seus descobridores podem propor nomes ao IAU”, explica Miller.

 

Se isso acontecer, Nicolinha já sabe quem, possivelmente, irá homenagear. “Eu pretendo dar nomes a eles de cientistas brasileiros ou de pessoas da minha família”, diz a astrônoma mirim, que tem como inspirações o ex-astronauta e ex-ministro do MCTI Marcos Pontes e as astrônomas Duília de Mello e Rosaly Lopes.

 

 

Rosaly está no Guinness Book of World Records 2006 (edição em inglês) como a pessoa que encontrou o maior número de vulcões ativos do universo (71 deles, em Io, satélite de Júpiter).

 

Nicolinha tem tudo para seguir os passos desse ídolo e também compor o livro dos recordes, segundo o astrofotógrafo, astrônomo, diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, Marcelo Zurita

 

“Segundo o Guinness, a pessoa mais jovem a descobrir um asteroide foi o Luigi Sannino, com 18 anos. Ou seja, se as descobertas da Nicolinha forem confirmadas, ela tem tudo para entrar para o Guinness”, afirma Zurita, que acompanha o trabalho da menina há anos.

 

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“Quando pensamos em uma criança astrônoma, imaginamos logo que seus pais devem ser astrônomos, que envolvem a criança em suas atividades e a levam para os eventos. Mas com a Nicolinha, a história é bem diferente”, disse nosso colaborador. “Seu interesse pela astronomia é autêntico, parece ter nascido com ela, e seus pais, Zilma e Jean Carlo, é que foram ‘arrastados’ por ela para as atividades e os eventos astronômicos. E ela não se satisfaz apenas em assistir, ela quer, desde já, fazer parte desse mundo e contribuir com a Ciência”.

 

Fonte: Olhar Digital

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