25 de Abril de 2024 - Ano 10
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Política no Amazonas
22/10/2019

O PT precisa fazer de suas eleições internas um momento de organização da oposição

Foto: Divulgação

Por Lúcio Carril - O PT está finalizando seu processo eleitoral interno (PED), com a participação de cerca de um milhão de filiados.

 

É uma demonstração de força e organização, com um claro recado àquele segmento de direita que, através do ensandecido Bolsonaro, disse que acabaria com o partido.

 

O PED é um instrumento que vem se aperfeiçoando a cada eleição, buscando se tornar mais legítimo e democrático. Há muitos problemas, ainda, com a imposição de grupos fisiológicos, que se utilizam de artifícios condenáveis para conquistar a hegemonia interna. Mas o partido está vivo, muito vivo, e crescendo.

 

A principal dificuldade do PT hoje também vem de dentro. O domínio de lideranças contaminadas pela vaidade vem impedindo que o partido assuma a direção política de oposição ao governo Bolsonaro. Há uma quase total letargia nessa questão, sem que haja iniciativa e coordenação, motivada pela falta de diálogo com outros partido do campo democrático e popular.

 

A realidade nos está colocada como propícia para uma oposição forte, eficaz e de bons resultados, mas falta ação política coordenada. O PT como principal partido de esquerda, ou centro-esquerda, como queiram, está preso ao "pavonismo" de sua direção nacional e deixando o trem passar. Isto está trazendo um prejuízo político enorme para a democracia, pois deixa que a direita virulenta cumpra seu ritual funesto de sepultamento dos direitos políticos e sociais do país.

 

A única liderança capaz de aglutinar um projeto de oposição está presa e vem se esforçando para orientar a ação do PT à conjuntura, mas a ineficiência dos demais líderes do partido se responsabiliza para tornar qualquer possibilidade de ação inviável. É um bando de pavão querendo aparecer sem que tenha talento e competência para conduzir o país às lutas de resgate dos seus direitos.

 

O PT precisa aproveitar essas eleições internas para tentar organizar a oposição. Como fazer ? ora, é preciso retomar as articulações com a base social e com as bases do próprio partido. É preciso sair da "gaiola das loucas vaidosas" e voltar às mobilizações de massa, com um plano de ação concreto, factível, ousado e eficiente no combate a este governo que já nasceu podre.

 

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A oposição a Bolsonaro e ao projeto de desmonte do país não pode ser obra da canalha que está pulando fora do barco. É preciso mostrar ao povo brasileiro que aquele outro projeto está vivo.

 

*Lúcio Carril é sociólogo e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

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