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Internacional
05/06/2020

O que se sabe sobre o Avifavir, antiviral que a Rússia aponta como esperança no combate à Covid-19

Foto: Reprodução

A Rússia anunciou que na próxima semana disponibilizará aos pacientes seu primeiro remédio aprovado para tratar casos de Covid-19, uma medida que espera-se que permita a redução da pressão sobre o sistema de saúde do país e a aceleração do retorno das atividades econômicas. Os hospitais russos poderão começar a dar o remédio antiviral, registrado com o nome Avifavir, aos pacientes infectados pelo novo coronavírus a partir de 11 de junho, segundo afirmou a agência de notícias Reuters citando informações dadas pelo chefe do fundo soberano RDIF. Ele contou que a empresa responsável pelo medicamento o fabricará em quantidade suficiente para tratar cerca de 60 mil pessoas por mês. O anúncio foi feito na segunda-feira (1/6).


De acordo com Rodrigo Brindeiro, virologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Avifavir, com o nome genério de favipiravir, é um antiviral que foi desenvolvido por quatro cientistas japoneses em 1990 para prevenir que acontecesse uma futura pandemia semelhante à da Gripe Espanhola de 1918, que tirou a vida de aproximadamente 50 milhões de pessoas ao redor do planeta na época.

 

— Depois que passou aquela epidemia de H1N1 de 2009 e 2010, essa droga ficou meio esquecida na prateleira, mas os testes clínicos continuaram — conta Brindeiro — Para uma remédio ser aprovado, ele precisa passar por longos testes, e ser aprovado nas fases um, dois e três. É por isso que ele está pronto agora, porque já passou por todos esses estudos clínicos.

 

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Inicialmente usado para tratar casos de pacientes contaminados por Influenza, que têm como característica RNA como material genético, o antiviral passou a ser testado por outros pesquisadores japoneses contra patógenos do mesmo grupo genômico, como os da dengue, zika, chicungunha e outros. Ao final dos estudos, os cientistas obtiveram resultados bem-sucedidos na inibição da replicação desses vírus em células humanas infectadas, sendo algumas delas submetidas somente a ensaios feitos em laboratório.

 

Na sequência, os pesquisadores começaram a expandir os estudos para testar o efeito do medicamento sobre o novo coronavírus, já que o Sars-Cov-2 também é um vírus RNA.


— É uma droga muito promissora e realmente muito boa, serve para o tratamento de vários outros vírus que a gente conhece bem por aqui no Brasil — assegura o virologista.

  

O Japão vem testando o mesmo medicamento, conhecido lá como Avigan. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, concedeu o equivalente a 128 milhões de dólares de financiamento estatal para continuar os ensaios clínicos, mas ainda não aprovou seu uso.

 

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Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a droga ainda não foi registrada no Brasil.

 

O Globo

 

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