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03/10/2019

Operação da Polícia Civil e do MP prende mulher de acusado de matar Marielle Franco; VEJA VIDEOS.

Foto: Fabiano Rocha

Elaine chega à DH da Barra

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio cumprem, na manhã desta quinta-feira, cinco mandados de prisão contra alvos ligados ao sargento reformado da PM Ronnie Lessa. Alvo de um dos mandados, ele já está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho e é apontado como o assassino da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

 

Outros alvos da operação "Submersus" são a própria mulher de Lessa, Elaine de Figueiredo Lessa, e o irmão dela, Bruno Figueiredo, além de dois supostos cúmplices do policial. Até 7h35, quatro pessoas já haviam sido presas: Elaine, Bruno, José Márcio Mantovano, o Márcio Gordo e Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca. Todos foram detidos por ocultação de arma.

 

Por determinação do juízo da 19ª Vara Criminal da Capital, também foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, um deles contra um suspeito de integrar um grupo de matadores de aluguel que teria como principais clientes contraventores cariocas.

 

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Elaine vestia um casaco jeans quando foi presa, por volta de 7h20. Ela foi conduzida até o carro da polícia sem algemas. Vizinhos de condomínio acompanhavam das sacadas a movimentação no local.
 

 

Seu irmão Bruno chegou à Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra da Tijuca, por volta de 7h35. O advogado de Bruno Figueiredo, Fernando Santana, o mesmo de Ronnie Lessa, disse que só falará com à imprensa depois de "tomar ciência das acusações".

 

 

Já Márcio Gordo havia sido detido mais cedo.

 

 

A coordenadora do Gaeco, Simone Sibílio, comandou a busca e apreensão no alvo principal: a casa de Elaine. O advogado de Bruno Figueiredo, Fernando Santana, que defende Lessa, a mulher do sargento reformado e Figueiredo, disse que a arma encontrada na casa de Elaine é um fuzil Airsoft.

 

- Tanto Ronnie Lessa quanto Bruno comercializam armas de Airsoft. Esta arma já estava na casa de Ronnie da outra vez. Por que não apreenderam antes? Como é que a minha cliente pode ser presa? Ela é apenas esposa de um comerciante. Quiseram chamar atenção para o interrogatório do Ronnie Lessa, que acontece amanhã - disse Santana.

 

 

Segundo o advogado, Elaine se mudou logo depois da prisão do marido, para um imóvel em um condomínio no número 3200 da Avenida Sernambetiba, na Barra, que é de propriedade do casal. Antes, ela morava no condomínio no número 3100 da mesma via, onde o presidente Jair Bolsonaro tem uma casa. Os dois condomínios se chamam Vivendas da Barra. A atual residência de Elaine ocupa apenas um andar, mas é de alto padrão.

 

As buscas na casa da mulher de Lessa começaram às 5h40m e terminaram às 7h24. Os policiais estão revistando o local em busca de documentos e armas, pois Elaine tem CR de colecionadora de armas e, segundo investigadores, também atira.

 

Elaine estaria por trás de sumiço de armas


A DH e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) acreditam que Elaine foi quem comandou a ação para dar sumiço às armas do marido para apagar qualquer tipo de prova que pudesse incriminá-lo. Acredita-se que uma submetralhadora HK-MP5, que teria sido usada na execução da parlamentar, tenha sido jogada no mar da Barra da Tijuca, próximo às Ilhas Tijucas. A mulher de Lessa teria escolhido pessoas da confiança de Lessa e dela própria para a empreitada criminosa.

 

Um dos que ajudaram a eliminar provas, de acordo com as investigações, foi o irmão dela, Bruno Figueiredo. Além dele, também participaram Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, e Márcio Gordo.

 

A primeira providência de Elaine teria sido mandar o irmão e Mantovano buscar uma caixa no apartamento que Lessa usava no condomínio da sogra, no Pechincha, em Jacarepaguá. Nela, estariam escondidas armas. O material teria sido levado por um pescador para ser lançado no mar. Antes de os dois chegarem ao imóvel, um outro grupo já tinha tentado recuperar o armamento sem sucesso.

 

A tentativa, segundo os investigadores, foi feita por um policial e três integrantes, com camisetas da Polícia Civil, que estiveram no mesmo endereço na madrugada do dia 13 de março deste ano. Eles usavam um Fiat Palio com placa clonada e foram impedidos de acessar o local pelo síndico do prédio, que exigiu a apresentação de mandados de busca e apreensão.

 

Um dos homens que estavam no Palio, de acordo com a polícia, era Leonardo Gouvea da Silva, o Mad, do grupo de matadores de aluguel comandado pelo ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega. Por volta de 7h40 desta quinta-feira, policiais se dirigiram a uma empresa de Mad, na Barra, para cumprir mandados de apreensão.

 

O ex-militar tem mandado de prisão pela Operação Intocáveis, do Gaeco, acusado de ser chefe da milícia de Rio das Pedras e está foragido da Justiça. Na lógica do inquérito, o objetivo do bando, ao ir ao apartamento de Jacarepaguá, era se aproveitar do fato de Lessa ter sido detido para aplicar-lhe um golpe.

 

No mesmo dia 13, à tarde, Mantovano, com a ajuda de Bruno, teria sido filmado por câmeras de segurança do condomínio levando a caixa. No dia seguinte, Mantovano e Josinaldo se encontraram no condomínio da Barra da Tijuca, onde Lessa morava. Eles teriam contratado um táxi que os seguiu até o estacionamento de um supermercado da Barra. Lá, várias malas e caixas de papelão, retiradas do apartamento de Jacarepaguá, foram transferidas para o táxi. Uma denúncia chegou à polícia informando que um táxi deixou Josinaldo, com o material, no Quebra-Mar. Com a desculpa de que praticava pesca submarina, ele alugou um barco para se livrar do armamento em alto-mar.

 

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O pescador teria percebido que havia armas nas caixas porque uma delas, molhada, ficou sem o fundo. Montavano e Josinaldo foram reconhecidos por testemunhas em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital. A Marinha chegou a fazer buscas no mar das Ilhas Tijucas, a pedido do Gaeco e da DH, mas nada foi encontrado.
 

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