*Por Lúcio Carril - Hoje, 06 de novembro, é o Dia da Ciência e da Cultura.
Seria motivo de comemoração se o Brasil não estivesse sob a regência de um agente inimigo dessas duas referências da humanidade. Não são poucos os golpes contra a ciência, cujo ministério nesta gestão teve uma queda de 31,69% no seu orçamento. Um corte de quase 4 bilhões dos 11, 8 bilhões de reais previstos para este ano.
Há uma operação de desmonte do Sistema de Ciência e Tecnologia do país. Os cortes incidiram sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, gerido pelo Finep - financiadora de estudos e projetos, que aplica recursos em pesquisa e inovação de universidades e empresas.
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Na cultura, basta dizer que o Brasil hoje é o único país da América Latina a não ter um ministério da área. Soma-se a este descalabro a censura às manifestações artísticas e a agressão a artistas, intelectuais e grupos étnicos.
O governo Bolsonaro é uma antítese dos valores e das conquistas da humanidade. Estimula o seguimento do negacionismo e da violência, fazendo aumentar a ignorância e o retrocesso civilizatório.
Mas há resistência.
Cientistas e intelectuais da cultura vêm se mobilizando contra as ações nefastas do governo e dos seus lacaios. O mundo já tem conhecimento do buraco tenebroso que a direita retrógrada está metendo o Brasil. Vozes dissonantes da destruição dos sistemas de ciencia e cultura ecoam por muitos países, protestando contra a bandeira do atraso que tremula no Planalto.
Minhas saudações aos pesquisadores, cientistas, artistas, intelectuais, produtores culturais, que resistem na indelével missão de construir a justiça, o conhecimento e a liberdade como expressão de beleza da humanidade.
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**Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.