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09/08/2019

Peso do ouro: Alison vira realidade no atletismo, e Chierighini está perto da consagração nas piscinas

Foto: Reprodução

Corredor dos 400m com barreiras faz 4º melhor tempo do ano, nadador bate campeão olímpico nos 100m livre

O desempenho do Brasil no Pan sempre dá esperança aos torcedores em relação às medalhas nas Olimpíadas no ano seguinte. Em 2020, a festa do esporte vai ser em Tóquio, no Japão.

 

Pensando nisso, o GloboEsporte.com analisa cada medalha de ouro da delegação verde-amarela em Lima 2019 dando o peso que cada uma delas tem no cenário mundial. Em caso de esporte ou prova não olímpica, o atleta ficará sem avaliação.

 

Alison Brendom dos Santos, de 19 anos, deixou de ser uma promessa do atletismo brasileiro para virar uma realidade já para Tóquio 2020. Nesta quinta-feira, ele venceu os 400m com barreiras do Pan com a melhor marca de sua vida (48s45), o que o coloca em quarto lugar no ranking mundial da temporada. O atleta paulista tinha 48s49, feito há um mês, em uma prova na Costa Rica, que o deixava em quinto da classificação.

 

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O tempo que fez para conquistar o ouro em Lima lhe daria a medalha de prata no último Mundial, disputado em 2017, em Londres. A marca o colocaria em sétimo lugar na final olímpica do Rio de Janeiro, em 2016. E na prova do Pan teve um nível forte. Ele deixou para trás o americano Amere Lattin, que é o sétimo do ranking mundial, e o jamaicano Komar Mowatt, que é o décimo.

 

 â?? Foto: InfoEsporte

 

O jovem atleta tem se destacado pela regularidade, vai bem em todas as provas que entra, e pela sua evolução, já que iniciou o ano de 2019 com 49s78 e baixou 1s29 em apenas sete meses. E o foco já está no Campeonato Mundial, que será disputado em Doha, em outubro no Catar. Se brilhar novamente pelos lados do Oriente Médio, Alison vai se credenciar de vez para o pódio olímpico no Japão.

 

 â?? Foto: InfoEsporte

 

Campeão dos 100m livre dos Jogos Pan-Americanos na quinta-feira, Marcelo Chierighini vem batendo na trave do pódio nas competições mais importantes da natação nos últimos anos. Foi finalista da prova nos Campeonatos Mundiais de 2013 (Barcelona, Espanha), 2015 (Kazan, Rússia), 2017 (Budapeste, na Hungria) e 2019 (Gwangju, Coreia do Sul), além da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, mas ainda não conquistou uma medalha em eventos de grande porte.

 

O tempo que o brasileiro fez na final do Pan foi bom (o 48s09 o colocaria na final de qualquer Mundial ou Olimpíada na história), mas não o deixa entre os três melhores do planeta no momento. No entanto, vale lembrar que ele derrotou neste Pan simplesmente o campeão olímpico de 2012 dos 100m livre, o americano Nathan Adrian, que ficou a menos de um décimo de Chierighini e está em busca de mais uma classificação olímpica para o ano que vem.

 

Essa temporada tem sido muito positiva para Marcelo. Ele baixou dos 48s diversas vezes, coisa que jamais havia atingido na carreira. Nos 100m livre, a barreira dos 48 segundos separa quem briga para ser finalista de quem briga pelo pódio. No Mundial, foi quinto colocado a apenas 0s11 do bronze, com o tempo de 47s93. No Troféu Brasil, em maio, marcou 47s75, e na semifinal em Gwangju anotou 47s76. Baixando um pouquinho mais, Chierighini tem ótimas chances de ir para a história olímpica do Brasil.

 

 â?? Foto: InfoEsporte

 

A nova geração do judô brasileiro está em ação e ganhando medalhas. Larrisa Pimenta, de 20 anos, venceu o Pan com muita paciência, sabendo atacar na hora certa para encaixar seus golpes e evitar punições. Ela chegou como favorita, até por ter vencido o campeonato continental em abril passado, e não sentiu a pressão. As adversárias não eram as mais bem ranqueadas: a mexicana Luz Olvera, superada na final, é a 59ª do mundo; a peruana Brillith Gamarra, rival da semi, a 48ª; e a dominicana Diana de Jesus, vencida na estreia por ippon, apenas a 88ª.

 

Larissa, porém, não vem se destacando apenas em torneios continentais. Ela buscou medalhas de bronze em três competições de nível mundial na temporada 2019. A mais importante delas foi no Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, mas também chegou ao terceiro lugar nos Grand Prix de Antalya, na Turquia, e de Tbilisi, na Geórgia. O próximo desafio onde a jovem judoca paulista vai poder ser testada será o Mundial do Japão no fim de agosto.

 

As chances de Larissa Pimenta ser a representante do Brasil em Tóquio 2020 são bem consideráveis. Até 2018, Érika Miranda era incontestável como melhor brasileira na categoria até 52kg com cinco medalhas em Mundiais, incluindo o bronze de Baku no ano passado. De forma inesperada, a judoca anunciou sua aposentadoria e pendurou o quimono aos 31 anos. Jessica Pereira, segunda brasileira mais bem ranqueada, foi flagrada no antidoping com diurético e está suspensa preventivamente desde janeiro de 2019. Larissa está aproveitando a brecha, e o ouro no Pan foi mais um passo rumo aos Jogos Olímpicos.

 

Peso do ouro - Renan Torres, do judô â?? Foto: InfoEsporte

 

Assim como Larissa Pimenta, Renan Torres, aos 20 anos, também representa a nova geração do judô brasileiro. A possibilidade de estar em Tóquio 2020, porém, é muito pequena, por isso a sua avaliação de possibilidades de medalha olímpica fica em uma estrela apenas. No Mundial do Japão, no fim de agosto, Eric Takabatake e Felipe Kitadai serão os representantes da categoria até 60kg, e Phelipe Pelim é outro melhor ranqueado do que Renan. Seguindo o bom trabalho e se destacando nos próximos anos, a chance do campeão pan-americano de Lima podem ser os Jogos de 2024, que serão realizados em Paris.

 

Sobre a sua participação marcante no Pan 2019, Renan Torres é atualmente o número 90 do mundo e venceu adversários bem melhor colocados do que ele no ranking. Bateu o americano Adonis Diaz (23º) na estreia, passou pelo cubano Roberto Almerares (52º) na semifinal e derrubou o campeão de Toronto 2015, o equatoriano Lenin Preciado (18º), na grande decisão. O recado de Renan Torres foi dado em terras peruanas, e o jovem judoca está pedindo passagem, mostrando que o futuro do esporte está assegurado com seu festival de ippons.

 

Equipe mista - Natação

 

 â?? Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press

 Fotos: Ricardo Bufolin/Panamerica Press

 

A prova mista do revezamento 4 x 100m medley vai estrear em Olimpíadas em 2020, e o Brasil ainda está encontrando uma formação para essa disputa por equipes da natação. No Pan, o ouro foi herdado por conta da desqualificação dos Estados Unidos. Excelente para o quarteto formado por Guilherme Guido (costa), João Gomes Júnior (peito), Giovanna Diamante (borboleta) e Larissa Oliveira (livre) em Lima, mas eles terão muito trabalho para se classificar para as Olimpíadas em uma das quatro vagas por tempo e maior ainda de chegar a uma final em Tóquio.

 

A equipe mista de medley do Brasil não foi ao Mundial de Gwangju (Coreia do Sul), no mês passado, mas, mesmo que estivesse lá e fizesse o tempo da final do Pan de 3m48s61, não conseguiria uma das 12 vagas para os Jogos Olímpicos; seria o 13º tempo das eliminatórias.

 

Confira as demais avaliações:


27/07 - Luisa Baptista (triatlo) e Bruna Wurts (patinação artística)


28/07 - Equipe masculina (ginástica artística) e Netinho Marques (taekwondo)


29/07 - Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Milena Titoneli (taekwondo), Caio Souza (ginástica artística) e Equipe mista (triatlo)


30/07 - Francisco Barretto (ginástica artística), Fernando Reis (levantamento de peso) e Equipe feminina (handebol)


31/07 - Francisco Barretto (ginástica artística)


02/08 - Beatriz Ferreira (boxe), Ygor Coelho (badminton) e Lena Guimarães (stand-up paddle)


04/08 - Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Ana Sátila (canoagem slalom), Pepê Gonçalves (canoagem slalom), João Menezes (tênis) e Chloe Calmon (longboard)


05/08 - Equipe feminina (ginástica rítmica)


06/08 - Equipe masculina do 4x100m livre (natação), João Gomes Júnior (natação), Leonardo de Deus (natação) e Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi (tênis de mesa)


07/08 - Darlan Romani (atletismo), Hugo Calderano (tênis de mesa), Equipe de saltos (hipismo) e Fernando Scheffer (natação)

 

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O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru. E os canais SporTV transmitem ao vivo os principais eventos até o dia 11 de agosto.

 

Globo Esporte

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