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17/09/2019

Polícia apreende celulares nas buscas em endereços ligados a Flordelis no Rio e em Brasília

Foto: Agência O Globo

Uma viatura em frente ao apartamento funcional da deputada, em Brasília

Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) apreenderam o celular da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) durante uma operação realizada nesta terça-feira.

 

Os telefones de duas netas da parlamentar e computadores também foram recolhidos pelos policiais. As equipes miraram quatro endereços de Flordelis: o apartamento funcional, na Asa Norte, em Brasília, dois escritórios no Rio e a casa da família, em Niterói, na Região Metropolitana. A ação foi coordenada pela delegada Bárbara Lomba.

 

O celular da parlamentar foi apreendido em Niterói. Flordelis estava com telefone e número novos desde o crime. Ela alegou ter perdido o dela e comprou outro. Em coletiva de imprensa, dias após o crime, a deputada disse não saber do paradeiro de seu aparelho.

 

Os celulares de Raiane e de Lorraine — netas de Flordelis — também estão com os policiais. O de Raiane foi apreendido em Brasília e de Lorraine, em Niterói.

 

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No início das investigações, a DH pediu a busca e apreensão do celular de Flordelis. Entretanto, a polícia desistiu da solicitação após consultar o Supremo Tribunal Federal (STF) para saber se as investigações deveriam ou não ser mantidas com a Polícia Civil do Rio (devido ao fato de Flordelis ser deputada federal).

 

A decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, manteve as investigações com a instituição e foi anunciada em agosto. Porém, o pedido de busca e apreensão do celular não voltou a ser feito até a operação desta terça-feira.

 

Anderson ao lado de Flordelis: crime ainda cercado de mistérios

Foto: Reprodução


Agentes da DHNSGI deixaram a casa de Flordelis — onde o pastor Anderson do Carmo foi assassinado — em Pendotiba, na Região Oceânica de Niterói, pouco antes das 9h. Os policiais carregavam envelopes.

 

São alvos de buscas também em um escritório na Freguesia, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio; e o gabinete funcional da parlamentar, na Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio.

 

Buscas também acontecem no escritório da deputada, no Centro do Rio

Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo


No escritório da Rua Primeiro de Março, um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acompanha a busca e apreensão.

 

Equipes da DHNSGI estão em Brasília desde a noite do último domingo. Já a delegada Bárbara Lomba chegou à capital federal na noite desta segunda-feira.

 

Advogado diz que já esperava


O advogado Fabiano Leitão Migueis, que defende a parlamentar, disse que as buscas e apreensões já eram esperadas:

 

— Após a decisão do STF, eu já havia alertado a deputada sobre isso. Era esperado por nós e pela parlamentar — salientou Migueis.

 

Ele contou que diversos celulares foram apreendidos na casa e que as buscas e apreensões acabaram pouco antes das 8h30:

 

— Tomei ciência (da busca e apreensão) e, quando seguia para a casa dela, fui informado que já havia acabado. Vou conversar com a deputada — informou. Segundo Migueis, Flordelis acompanhou tudo e se mostrou calma.

 

O assassinato de Anderson completou três meses nesta segunda-feira. O pastor foi morto com vários tiros, na garagem da casa da família.

 

Filho não participará de reconstituição


Flávio dos Santos Rodrigues, filho de Flordelis, não vai participar da reconstituição da morte do pastor Anderson, que será realizada no próximo sábado, na casa da família, em Pendotiba. A informação é de um dos advogados de Flávio, Maurício Mayr. Flávio é acusado de ter matado Anderson a tiros. Em depoimento, ele confessou o crime à polícia. Outro filho, Lucas Santos de Souza, também foi indiciado pelo assassinato.

 

A confissão de Flávio aconteceu quando ele ainda não era assistido por seus atuais advogados. Desde que assumiram o caso, eles questionam o depoimento, prestado sem a presença dos defensores do rapaz à época.

 

Mayr, junto com outros advogados, questiona ainda o fato de Flávio ter ficado dois meses preso na DH. Ele e Lucas permaneceram na unidade policial durante as investigações e só foram transferidos com o fim do inquérito.

 

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— A reconstituição precisa ser baseada num depoimento idôneo, o que não é o caso. O Flávio manifesta o desejo de prestar novo depoimento em sede judicial para esclarecer qualquer ponto controvertido. Essa reconstituição, para a defesa, não traz benefício algum — explicou Mayr.

 

Mayr, no entanto, acrescentou que ele e outros advogados de Flávio estarão presentes na reconstituição. 

 

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