A Prefeitura de Manaus realizou, nesta quarta-feira, 11/8, na escola Mamãe Margarida, instituição conveniada com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), no bairro São José, na zona Leste, uma programação especial em alusão ao Dia do Estudante, para motivar a leitura e a escrita no ambiente escolar.
Com contação de histórias, poesias, músicas infantis e muita brincadeira, a atividade contou com a presença de escritores locais e com um cenário totalmente lúdico.
Durante o evento, ocorreu ainda a premiação do concurso literário, que marcou o encerramento do projeto “Escritor Estudante”, realizado em parceria com a Academia de Letras e Culturas da Amazônia (Alcama) e a Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-Amazônicos (Abeppa), desde o início de junho.
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O subsecretário municipal de gestão educacional da Semed, Carlos Guedelha, frisou que o projeto vai ao encontro da proposta da Semed, de incentivar a leitura e a escrita em toda a rede de ensino.
“Eu fiquei impressionado com a qualidade do evento, que busca motivar a leitura e escrita, e isso é muito importante porque a função da escola é formar leitor e escritor, e isso só é possível criando condições com situações reais, em que as crianças possam exercitar essa habilidade. A partir de atividades como essa, a prefeitura consegue inserir os alunos no mundo da leitura e escrita e, ao mesmo tempo, ajuda a Semed a sanar a questão da alfabetização plena de alunos atendidos pela rede”, destacou Guedelha.
O presidente da Alcama e da Abeppa, Paulo Queiroz, frisou que o projeto “Escritor Estudante” é também uma espécie de vitrine para futuros escritores.
“O projeto tem um condão muito importante, que é incentivar a leitura e escrita, promovendo concurso de literatura, estimulando a criação de desenho, de textos, a cultura como um todo e premiando com certificados e medalhas, chancelados pela Abeppa. O projeto tem a finalidade também de descobrir futuros escritores em ambiente escolar e, até mesmo, publicar obras de alunos que passamos a acompanhar em nossa própria editora ‘Palavra da Terra’”, disse.
Projeto
O projeto iniciou no dia 6 junho e, ao longo da ação, os alunos fizeram mais de cem produções, entre narrativas, poesias e ilustrações.
Segundo a gestora da escola Mamãe Margarida, Eneila Lima, o projeto oportunizou o contato com escritores locais, momentos de rodas de conversas, contação de histórias em sala de aula e brincadeiras, sempre com a finalidade de oferecer um ambiente propício à leitura e a escrita para as 185 alunas atendidas pela escola.
“Foi um trabalho lindo, árduo, que durou dois meses, envolvendo as nossas alunas com os escritores e poetas amazonenses, que teve o objetivo de motivar as meninas que atendemos pelo gosto da leitura e escrita com a da produção de textos, de poesias, ilustrações, com o próprio contato com os nossos escritores amazonenses. E foi um trabalho de conquista, de mostrar às alunas o quanto é importante o livro, ler e escrever, o poder que a educação tem para transformar vidas”, ressaltou a gestora.
O brilho no olhar das alunas que participaram do encerramento da atividade falava muitas coisas, entre elas que o projeto foi uma experiência única na vida delas, como salientou a estudante Maria Leite, 9, do 4º ano do ensino fundamental.
Fotos: Eliton Santos e Salomão Júnior / Semed
"Eu já gostava de ler, agora passei a gostar mais com o contato que tive com os escritores que conheci, com as historinhas que ouvi e com o que aprendi lendo outros livros", disse.
Para a aluna venezuelana Jhennifer Nunes,8, que na atividade estava representando todos os alunos do 3º ano, o momento propiciou um aprendizado diferenciado. “Gostei de tudo, das brincadeiras, das músicas, das histórias que as professoras contaram. Adorei participar”, completou.
Durante a atividade, também houve a entrega de mais de uma tonelada de alimentos não perecíveis, materiais de limpeza e higiene, além de 200 exemplares de livros infantojuvenil, para serem usados no ambiente escolar. A doação foi feita pela Alcama e pela Abeppa.