Integrantes da Frente de Libertação do Povo do Tigré
O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, elogiou seus soldados nesta segunda-feira pela vitória sobre um movimento rebelde do norte, mas o líder das forças de Tigré disse que eles ainda estão lutando, e existe o temor de uma guerra de guerrilha prolongada.
A guerra de quase um mês já matou centenas, e provavelmente milhares, fez refugiados fugirem para o Sudão, implicou a Eritreia, afetou uma missão de paz na Somália e aprofundou as divisões entre os inúmeros grupos étnicos da Etiópia.
As tropas de Abiy tomaram Mekelle, a capital de Tigré, no final de semana e declararam a derrota da Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF), movimento de guerrilha convertido em partido político que dominou o governo nacional durante quase três décadas até 2018.
Veja também
Ex-diplomata agressor de mulheres é condenado a 5 anos de prisão
EUA se prepara para explosão de casos de covid-19 após Ação de Graças
"Nossa Constituição foi atacada, mas não levamos três anos, levamos três semanas", disse Abiy ao Parlamento, comparando sua ofensiva com a Guerra Civil norte-americana dos anos 1860.
Embora a cidade de 500 mil habitantes situada em terras altas tenha caído sem muita resistência, mais tarde a TPLF disse que abateu um avião e retomou uma cidade pequena.
Seu líder, Debretsion Gebremichael, um ex-operador de rádio de 57 anos, negou reportagens segundo as quais ele fugiu para o Sudão do Sul e disse que suas forças capturaram alguns soldados da vizinha Eritreia perto de Wukro, cerca de 50 quilômetros ao norte de Mekelle.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatsApp.
"Estou perto de Mekelle, em Tigré, combatendo os invasores", disse Gebremichael à Reuters em uma mensagem de texto.
Fonte: Terra