O registro foi feito após uma entrevista para a Rede Record sobre condições de trabalho análogas à escravidão
O programa "Repórter Record Investigação" exibiu, nesta semana, uma reportagem sobre a condições de trabalho análogas à escravidão em campos de Sisal na Bahia. A própria apuração, porém, não contava com o registro obtido pela emissora após um dos entrevistados esquecer a câmera e o microfone ligados depois da entrevista.
Após entrevista na qual afirmava "as condições de trabalho adequadas", o presidente do Sindicado das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia - Sindifibras, Wilson Andrade, se despediu sem desligar os equipamentos. Wilson, então, levanta-se da cadeira para conversar com seu assessor. "O esquema é completamente irregular. Não tem registro, o cara trabalha como autônomo", diz.
Pouco antes, Wilson iniciava a conversa dizendo que "a defesa está feita!", mas confessa que a repórter - que questionou a indústria - tem razão. "Tá errado, ela tem razão. Agora, você tem que defender naquilo que pode, tá certo?", afirma o presidente do sindicato, antes de perceber que as afirmações estavam sendo gravadas.
Veja também
Vice-presidente do Banco do Brasil, Walter Malieni, morre aos 50 anos
Sikêra Jr. é condenado a pagar R$ 300 mil a modelo trans
Após o fim da entrevista, o presidente do sindicato não encerra a ligação, e admite a grave situação dos trabalhadores #RRI pic.twitter.com/dTWrb3se1q
— Record TV (@recordtvoficial) August 7, 2020
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp
Sobre as condições de trabalho nos campos de Sisal, a reportagem denunciou jornadas exaustivas, trabalho infantil e levradores que foram mutilados em equipamentos. Grande parte dos trabalhadores recebem salário inferior ao mínimo. Durante a entrevista, antes da conversa com oassessor, o presidente do sindicato chegou a afirmar que "não acha a situação grave".
iG