A absorção de gases de efeito estufa pelos territórios indígenas da Amazônia podem evitar mais de 15 milhões de casos de doenças respiratórias e cardiovasculares dos moradores do bioma. Os dados foram divulgados por um estudo publicado por um grupo de pesquisadores internacionais na revista científica Nature Communications, Earth & Environment, nesta quinta-feira (6/4).
Segundo o estudo, cada hectare de floresta queimada custa em torno de US$ 2 milhões às cidades amazônicas no tratamento de doenças relacionadas às emissões dos gases. Com a absorção dos poluidores dos incêndios florestais pelos territórios indígenas, é possível que os governos estaduais presentes na Amazônia tenham uma redução de custos de aproximadamente US$ 2 bilhões.
Os pesquisadores destacaram que a população exposta aos poluentes emitidos pelas queimadas está associada ao aumento de sintomas casos de saúde ligados ao respiratórios, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, enfisema, câncer de pulmão, bronquite, asma, dor torácica, problemas pulmonares e cardíacos crônicos.
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Além das doenças respiratórias e cardiovasculares, o estudo demonstra que os incêndios florestais também são responsáveis por impactos socioeconômicos, como a destruição de plantações de agricultores locais e residências localizadas nas proximidades da área atingida.
Os pesquisadores analisaram os dados de infecção disponíveis do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), do Ministério da Saúde, dos 772 municípios da região, entre 2010 e 2019.
A partir da análise, os cientistas puderam concluir que a cada 1% de área de floresta desmatada em cada município poderia gerar 82 novas infecções. Sendo assim, 1,4 milhão de casos de doenças respiratórias e cardiovasculares estão relacionadas aos incêndios florestais,
As terras indígenas são responsáveis pela filtração de 27% dos poluentes lançados no ar pelas queimadas.
LULA PROMETE PROTEGER AS TERRAS INDÍGENAS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se elegeu com a promessa de proteção às florestas indígenas e o combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. Próximo aos 100 dias de governo, o estudo pode demonstrar uma maior urgência para preservação desses territórios originários.
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Fonte: Metropoles
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