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Os humanos já têm data para voltar à Lua: 2024. A missão Artemis, da NASA, irá levar pessoas ao satélite natural da Terra após mais de 50 anos de espera, pois os últimos a pisarem em solo lunar foram os astronautas da Apollo 17, em 1972.
A futura viagem deve ser histórica, já que deve levar a primeira mulher à Lua. E uma curiosidade foi revelada recentemente: os próximos caminhantes lunares deverão enfrentar uma radiação 200 vezes maior do que a da Terra.
Os primeiros tripulantes a visitar o satélite estavam equipados com dosímetros para medir a radiação da Lua, mas esses dados nunca foram divulgados. Várias décadas se passaram até que novas medições fossem feitas, desta vez pelo programa espacial chinês, que pousou a espaçonave Chang’e 4 no lado escuro da Lua em 2019 e recentemente revelou os resultados.
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A equipe da China mediu 1.369 microsieverts de radiação na Lua, algo que corresponde a 200 vezes o encontrado na superfície da Terra. Isso também é o equivalente entre 5 e 10 vezes à quantidade de radiação de um voo entre Nova York (EUA) e Frankfurt (Alemanha), porém os voos entre as cidades duram bem menos do que uma viagem espacial, tornando necessário estudar os impactos dessa exposição.
A atmosfera da Terra ajuda na proteção de diversas fontes de radiação, algo que não acontece na Lua. O satélite recebe raios cósmicos galácticos e partículas solares (ainda que esporadicamente), além de produzir nêutrons e raios gama com a interação entre a radiação espacial e o solo lunar.
A radiação é descrita como um dos cinco perigos do voo espacial ao ser humano, sendo considerada a mais ameaçadora, que pode desenvolver catarata, diversos tipos de câncer e até doenças degenerativas do sistema nervoso central. Felizmente, os níveis medidos parecem seguros para a duração de uma viagem à Lua, entretanto os dados mostram a importância de proteger os astronautas em expedições mais longas, principalmente as que pretendem levá-los a Marte, em uma viagem, por enquanto, sem volta e com alta exposição radioativa.
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Radiação na Lua é até 200 vezes maior do que na Terra via TecMundo
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