"Não estamos lá ainda", afirma o premiê britânico sobre a eficácia das doses
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira (20) que não pode prometer que haverá uma vacina bem-sucedida contra a covid-19 desenvolvida até o final deste ano, afirmando que "não estamos lá ainda", apesar de o país estar montando estoques.
"Para afirmar que estou 100% confiante que teremos uma vacina, neste ano ou de fato ano que vem, é, infelizmente, simplesmente um exagero.", disse Johnson.
O governo do Reino Unido também anunciou que fechou um acordo com as empresas farmacêuticas BioNtech, Pfizer e Valneva para fornecer 90 milhões de doses de uma possível vacina contra a covid-19.
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Este novo acordo se une às doses que a Universidade de Oxford está desenvolvendo com a empresa AstraZeneca. Ao todo, são 190 milhões de doses compradas, mais que o dobro da população local, que é de 66,65 milhões —segundo dados de 2019.
Alerta sobre o otimismo
A chefe do comitê de trabalho para a busca de uma vacina do governo britânico, Kate Bingham, disse hoje que o fato de haver tantos candidatos "promissores" mostra o "incrível ritmo a que o trabalho está sendo realizado".
No entanto, ela ressaltou que não se deve ser excessivamente otimista ou confiante, pois, embora mais de 20 vacinas estejam sendo investigadas, nenhuma delas mostrou sinais de capacidade de proteção contra infecções.
"Não devemos ser exageradamente otimistas. Ainda existe a possibilidade de nunca conseguirmos a vacina ou, caso ela seja concluída, devemos estar preparados se ela não prevenir a infecção e apenas reduzir os sintomas", explicou.
Método e Procedência
As vacinas compradas vêm de três instituições diferentes e têm três métodos diferentes de ação:
100 milhões de doses são de Oxford, feitas de um vírus geneticamente construído em laboratório.
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30 milhões de doses são da BioNtech/Pfizer, que injeta parte do código genético do coronavírus no paciente.
60 milhões vêm da Valneva, que utiliza uma versão inativa do coronavírus
R7