23 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Educação
04/07/2021

Relatório do Ministério da Economia de avaliação de políticas públicas , aponta que cidades pobres recebem menos recursos para merenda escolar

Foto: Reprodução

"É preciso corrigir desigualdades e melhorar a fiscalização", afirma João Marcelo Borges, pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas.

Relatório do Ministério da Economia de avaliação de políticas públicas , aponta que o formato do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) privilegia cidades mais ricas, deixando as mais pobres, que estão majoritariamente no Nordeste, com a menor parcela dos recursos. Essas são justamente as mais dependentes da verba federal.

 

O Pnae paga uma quantia fixa por aluno matriculado na rede pública. Esse valor, que não sofre reajuste desde 2017, é de R$ 0,36 para estudantes do ensino fundamental e médio com aula em horário parcial e de R$ 1,07 para matrículas em tempo integral.

 

De acordo com o relatório de avaliação de políticas públicas, produzido pelo Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), do Ministério da Economia, o Pnae destina 21% da verba para as 30% de cidades com menor investimento por aluno (Vaat) e 42% para as 30% com maior Vaat.

 

Veja também

 

Brasil melhora acesso à escola, mas ainda precisa superar desigualdade, aponta OCDE

 

Após recesso, escolas da rede estadual retornam às atividades presenciais com ensino híbrido nesta quinta-feira

 

Esse desequilíbrio se dá porque, em geral, os municípios que mais arrecadam são os maiores, portanto, têm mais alunos, ficando com a maior fatia do programa.

 

Nos últimos anos, no entanto, o orçamento real tem caído: passou de R$ 123 reais por ano por aluno (média de R$ 0,61 por dia de aula), em 2010, para R$ 113 (média de R$ 0,56 por dia de aula), em 2020. Outro problema é o de fiscalização. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), um terço das suas ações com a Polícia Federal envolvem desvios no Pnae.

 

Criado ainda na década de 1940, o programa mudou de patamar em 1994, quando começou a descentralizar recursos, passando a verba diretamente para estados e municípios realizarem as compras dos alimentos. Com isso, passou a ser uma das mais bem-sucedidas estratégias para garantir a permanência das crianças mais pobres na escola e até a segurança alimentar de parte das famílias brasileiras.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp.

 

"Esse programa é uma das bases das melhorias da educação básica no Brasil. Mas é óbvio que há problemas. O recurso é insuficiente. Além disso, é preciso corrigir desigualdades e melhorar a fiscalização", afirma João Marcelo Borges, pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais, da Fundação Getulio Vargas (FGV/DGPE). 

 

Fonte: iG

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.