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05/11/2021

Saúde mental preocupa 75% dos brasileiros, segundo pesquisa

Foto: DIVULGAÇÃO

Já bem-estar físico é uma preocupação de 74% da população do país, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Ipsos. Psicóloga do esporte explica que ambos estão interligados

A saúde mental é uma preocupação de 75% dos brasileiros, segundo os resultados da pesquisa World Mental Health Day 2021, realizada pelo instituto de pesquisa Ipsos com 21.513 pessoas entre 16 e 74 anos, em 30 países.

 

Os dados foram coletados de 20 de agosto a 3 de setembro de 2021 e colocam os brasileiros como os que mais se preocupam com o bem-estar mental entre os entrevistados dos 30 países avaliados, seguidos por África do Sul (73%) e Peru (71%).

 

A média global é de 53%. Em relação ao bem-estar físico, os números são semelhantes: o assunto interessa a 74% dos entrevistados do Brasil. A média geral é de 68% e o Brasil figura na décima colocação entre os 30 países.

 

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Nesse caso, a África do Sul lidera, com 85% dos seus habitantes atentos à saúde do corpo. Mas como explica a psicóloga do esporte Adriana Lacerda, as saúdes física e mental caminham juntas, e cuidar de uma afeta a outra. E isso ficou ainda mais claro nesse período da pandemia de Covid-19, quando os casos de ansiedade e depressão aumentaram em todo o mundo.

 

- Todas as estratégias de intervenção hoje já levam em conta que o exercício físico vai ter um impacto grande não só na saúde do corpo, mas também na saúde mental. O ser humano é um sujeito holístico, esses aspectos se atravessam, é difícil isolar mente e corpo - avalia Adriana, que cita um estudo da Covid Mental Disorders Collaborators publicado em outubro na revista científica de The Lancet publicado em outubro deste ano.

 

Segundo esse trabalho, houve 53,2 milhões de casos de depressão no mundo entre 1º de janeiro de 2020 e 29 de janeiro de 2021, um aumento de 27,6% em relação ao ao anterior. No caso dos transtornos de ansiedade, houve 76,2 milhões de novos casos, correspondendo a um aumento de 25,6% em comparação ao período imediatamente pré-pandemia.

 

A atenção especial dos brasileiros em relação a assuntos ligados à saúde mental dialoga com o grande número de pessoas sofrendo com transtornos de ansiedade e depressão no país. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2020, o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo, com 9,3% dos brasileiros afetados, e é o quinto em casos de depressão, que atinge 5,8% da população do país.

 

Adriana ensina que não há como cuidar da mente sem cuidar do corpo, assim como é difícil buscar o bem-estar físico sem trabalhar no mental. Durante a pandemia, o isolamento social e o aumento do sedentarismo provocado pelo lockdown e pela necessidade de adoção do home office e das aulas on-line tiveram grande influência no crescimento dos casos de transtornos mentais. Outros fatores foram a imprevisibilidade da situação e o medo do vírus, além do luto, em muitos casos.

 

Muita gente optou pelo exercício em casa, mas mesmo assim faltou ainda o fator social da atividade física. E muitos simplesmente pararam de se exercitar.

 

- Era tudo muito novo. Quando tem uma pandemia e o atleta fica desmotivado, o que fazer? A atividade ao ar livre é muito importante para algumas pessoas. Outras se adaptaram ao treino em casa. Mas houve um aumento do sedentarismo, e tirar a atividade física da rotina afeta a saúde mental. Você fica sem uma ferramenta que tem enorme impacto no seu bem-estar - avalia Adriana.

 

- Durante a prática física, o córtex pré-frontal libera dopamina e serotonina, que são hormônios relacionados ao prazer, que levam a sensações de preenchimento e equilíbrio. Você vê efeitos nas conexões neurais, o que afeta todo o lado emocional. Não há separação entre mente e corpo.

 

A psicóloga explica que a atividade física contribui com o controle respiratório e a saúde cardíaca, aumentando a qualidade de vida e colaborando com a redução da ansiedade. Além disso, a forma como afeta o cérebro diminui os sintomas e o risco de depressão. Ela lembra ainda que ter uma alimentação equilibrada e sono de qualidade são fundamentais, e que o exercício ajuda ao menos na parte do sono.

 

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- Um dos fatores para o aumento da incidência de transtornos de ansiedade e depressão na pandemia é o social. Nós somos seres sociais, precisamos de contato. Quando se perde contato, o impacto é grande. E a atividade física também contribui para o aumento do círculo social de uma pessoa - complementa, reforçando: - As preocupações com a saúde mental e com o bem-estar físico andam juntas, se complementam. Há uma interseção clara.

 

Fonte: G1

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