19 de Abril de 2024 - Ano 10
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18/05/2022

Sanna Marin e Magdalena Andersson, as premiês que desafiam e irritam Putin

Foto: Reprodução

Líderes da Finlândia e da Suécia orquestraram reviravolta na tradição de neutralidade de seus países e aprovaram a adesão à Otan após a brutal invasão russa na Ucrânia.

A guerra de Putin na Ucrânia rompeu a tradição de neutralidade de dois séculos na Suécia e de 75 anos na Finlândia. A decisão de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte tem em duas mulheres – as primeiras-ministras sueca Magdalena Andersson e a finlandesa Sanna Marin – suas principais idealizadoras.

 

Ambas oriundas da raiz socialdemocrata, elas se uniram para desafiar o presidente russo, angariando o apoio da opinião pública nos dois países para quebrar seus dogmas pacifistas. Esta reviravolta só foi possível graças à violenta empreitada de Putin em solo ucraniano.
Primeira-ministra mais jovem da Finlândia, com 36 anos, Sanna Marin foi eleita em dezembro de 2019 e se firmou como uma líder assertiva e popular. Ela se orgulha de suas raízes familiares: os pais se separaram cedo, e a mãe se casou com uma mulher. Marin trabalhou como caixa de uma padaria, enquanto estudava Administração.

 

“Venho de uma família com poucos recursos e não teria chance de progresso se não tivéssemos um Estado de bem-estar sólido e um bom sistema educacional”, resumiu numa entrevista.

 

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Já no início do mandato, a jovem premiê enfrentou a pandemia da Covid-19 e fez do país o de menor taxa de mortalidade entre os europeus, equacionando de forma hábil e enérgica a gestão da saúde pública e seus efeitos na economia.

 

Um grave deslize, ao sair para dançar numa discoteca, após ter tido contato com seu ministro de Relações Exteriores, que testara positivo para Covid, balançou a popularidade da primeira-ministra. Foi perdoada pela desculpa considerada um tanto quanto esfarrapada: alegou que o celular de trabalho estava desligado.

 

Na Finlândia, que tem uma fronteira de 1.340 quilômetros com a Rússia, o primeiro-ministro cuida do governo e o presidente, das relações exteriores. Mas Marin causou desconforto, entrando no terreno de Sauli Niinisto. Ela antecipou suas críticas à Rússia, tanto na prisão do opositor Alexei Navalny quanto na intervenção russa na Ucrânia. A invasão e as ameaças de Putin de uma retaliação aos países nórdicos que se juntassem à Otan dissiparam rapidamente as fissuras internas.

 

Marin tomou a dianteira para seguir na direção da aliança atlântica e foi acompanhada por Magdalena Andersson, desde 2021 no cargo de premiê sueca. Sete horas depois de eleita pelo Parlamento, ela precisou renunciar, por perder o apoio dos Verdes na votação do Orçamento, mas logo depois foi reconduzida ao cargo.

 

Aos 55 anos, é apelidada de “trator” e frequentemente comparada à ex-chanceler alemã Angela Merkel. No início, Andersson resistiu à ideia da adesão à Otan, com o habitual argumento de que ingressar na aliança desestabilizaria a segurança regional. Com o endosso do país vizinho, a premiê sueca capitulou para não deixar o país isolado. “Está claro que nossa liberdade de alianças serviu bem à Suécia, mas nossa conclusão é que não nos serviria tão bem no futuro.”

 

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Marin e Andersson orquestraram em seus países uma ação vista como improvável até a invasão russa na Ucrânia. São mais um exemplo do erro de cálculo de Putin. 

 

Fonte: G1

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