As histórias de Campo do Brito (SE) e Envira (AM) se juntam às de outros 1,9 mil que reconhecem que políticas públicas voltadas para jovens são prioridade
O que municípios tão distantes um do outro, como Campo do Brito (SE), no Nordeste, e Envira (AM), no Norte, podem ter em comum? Além de serem cidades com população que, muitas vezes, está em situação de vulnerabilidade, Campo do Brito e Envira batalham para que crianças e adolescentes locais tenham seus direitos garantidos por meio de políticas públicas intersetoriais.
A construção dessas políticas faz parte de uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância conhecida como Selo UNICEF. Cumprindo os desafios propostos, os municípios que aderiram às ações podem receber uma certificação, após três anos, que comprova os esforços da comunidade local em colocar a juventude como prioridade.
“É importante que todo o município esteja engajado e trabalhando para alcançar os resultados sistêmicos propostos pelo Selo, mas sobretudo que estejam engajados para garantir direitos para cada criança e cada adolescente”, explica a oficial de Educação do UNICEF no Brasil, Julia Ribeiro.
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É o quem vem fazendo o município de Campo do Brito, em Sergipe. Os mais de 18 mil habitantes se uniram nos últimos anos para colocar saúde, educação e políticas de assistência social como rotina no local.
“As ações desenvolvidas aqui não são pensadas só no Selo. Gostaríamos muito de ganhar, estamos muito ansiosos, mas, caso não seja dessa vez, as ações não deixarão de ser feitas, elas são contínuas”, garante a coordenadora de Atenção Básica do município, Maria de Lourdes Oliveira.
Essa é a terceira vez que eles tentam o Selo – já conseguiram uma certificação e, nessa edição (2017-2020), trabalham para consertar o que não funcionou no ciclo passado. Dessa vez, um dos focos é a saúde. Na opinião de Lourdes, a prevenção é a base para que os outros direitos sejam assegurados.