Servidor da prefeitura, Sérgio Carvalho Silva foi morto em Itajubá
Um homem de 51 anos morreu asfixiado no sábado (25) em Itajubá. De acordo com a Polícia Militar, ele foi morto sufocado pela própria esposa. A suspeita e uma vizinha, que teria ajudado na ação, foram detidas e conduzidas à delegacia da Polícia Civil.
Segundo a Polícia Militar, o caso aconteceu no bairro Santo Antônio. A esposa teria pedido para o marido ajudá-la com técnicas de imobilização e depois teria amarrado ele, o asfixiando com panos e, depois, com um pedaço de pão.
A vítima foi identificada como Sérgio Carvalho Silva. A Prefeitura de Itajubá emitiu nota de pesar pela morte dele (veja no fim da reportagem), que era servidor público há 23 anos e já havia trabalhado nas secretarias municipais de Desenvolvimento Social, Governo, Obras e Saúde.
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O CASO
Conforme o boletim de ocorrência, a esposa disse à Polícia Militar que após fazer comida, mentiu para o esposo que iria trabalhar como segurança em Pouso Alegre e, como o marido era segurança, pediu para que ele desse dicas de como imobilizar uma pessoa.
Em seguida, ainda segundo o BO, ela pediu também para que ele deixasse que ela o amarrasse, para que ela testasse a habilidade para caso fosse necessário.
Conforme contou à Polícia Militar no boletim de ocorrência, ele concordou e ela amarrou o marido com dois cadarços, envolvendo as mãos dele para trás, além de também amarrar os pés dele.
Ainda no boletim de ocorrência, ela narrou para a PM que tampou a boca e o nariz do marido com uma blusa de criança para sufocá-lo. Segundo contou à polícia, ela só parou de sufocar o marido quando ele desmaiou.
Depois disso, ela revelou aos policias que chamou uma vizinha, para quem havia contado o que faria com o marido. Com a chegada da vizinha, ela disse no boletim de ocorrência que a amiga viu que o marido ainda estava vivo.
Neste momento, conforme o BO, a esposa disse que foi até a cozinha e pegou um pedaço de pão, enfiando na garganta do marido, com a intenção de simular um engasgamento.
A vizinha ligou para o Corpo de Bombeiros, solicitando socorro para um caso de engasgamento. Segundo o BO, a esposa disse que os bombeiros teriam demorado para chegar ao local e, quando chegaram, tentaram reanimar o marido por algum tempo, levando ele para o hospital posteriormente.
Perguntada pela Polícia Militar, a esposa disse, de acordo com o boletim de ocorrência, que havia planejado a ação, assim como havia alertado a vizinha do que pretendia fazer.
Já a vizinha falou, de acordo com o BO, que sabia da intensão da esposa e que ajudou a tentar simular o engasgamento.
Questionada sobre o que teria motivado o crime, a esposa disse à polícia não saber explicar, afirmando que não sofria de violência física do marido, com quem era casada há 20 anos. Ela contou ainda, segundo o BO, que enquanto sufocava o esposo, lembrava que ela a chamava de “gorda e velha”.
Ela também disse no boletim de ocorrência que resolveu contar a verdade sobre o que ocorreu, pois estava com a consciência pesada.
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Foram recolhidos os aparelhos celulares da esposa e da vizinha. Elas foram detidas e conduzidas à Delegacia da Polícia Civil. Até a última atualização desta reportagem, ainda não havia informação sobre a prisão da esposa e da vizinha dela.
Fonte: G1