Magdalena Andersson, primeira-ministra sueca, durante anúncio nesta segunda (16)
A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, confirmou nesta segunda-feira (16) que o país vai se candidatar a membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A decisão chega um dia após a Finlândia também anunciar sua intenção de se juntar à aliança euro-atlântica, resultado direto da invasão da Rússia à Ucrânia.
“O governo decidiu informar a Otan que a Suécia quer se tornar membro da aliança”, afirmou Andersson nesta segunda-feira.
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“Estamos deixando uma era e iniciando outra”, acrescentou a primeira-ministra.
O anúncio ocorreu após o Partido Social-Democrata, liderado por Andersson, ter abandonado sua defesa da neutralidade para pedir a adesão da Suécia à Otan.
Os dois países escandinavos são integrantes da União Europeia, mas historicamente se mantiveram neutros entre o Ocidente e a Rússia. No entanto, a invasão à Ucrânia os fez repensar seu status de neutralidade, principalmente a Finlândia, que compartilha 1,3 mil quilômetros de fronteira com o território russo.
A Suécia vinha se mostrando mais reticente, porém a adesão de Helsinque a tornaria o único país do Mar Báltico fora da Otan.
Finlândia e Suécia não devem ter dificuldades para entrar na aliança, apesar das ressalvas da Turquia, que as acusa de dar refúgio a curdos – as candidaturas precisam de aprovação unânime dos Estados-membros.
“A Finlândia e a Suécia precisam parar de dar apoio aos terroristas do PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão]”, afirmou no domingo (15) o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, após uma reunião da Otan em Berlim.
No entanto, o chanceler italiano, Luigi Di Maio, garantiu nesta segunda-feira que Ancara não vetará a entrada de Helsinque e Estocolmo. “Escutei palavras razoáveis da Turquia nos últimos dias, ela está aberta ao diálogo. Estamos de acordo em abrir as portas da Otan para esses dois países”, disse.
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Em discurso nesta segunda, o presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que não tem “problemas” com Finlândia e Suécia e que sua eventual entrada na Otan não representa uma ameaça para Moscou, mas ressaltou que a reação do Kremlin dependerá de como será a presença militar da aliança nos dois países. (ANSA).
Fonte: Isto É