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16/05/2021

Tasso Jereissati se coloca como opção do PSDB para a Presidência em 2022

Foto: Reprodução / VEJA

O político articula em busca de musculatura e acaba de receber o apoio de FHC

Governador do Ceará por três vezes no final do segundo mandato como senador, Tasso Jereissati não se arrisca numa eleição para cargo executivo desde 1999, quando foi escolhido nas urnas para comandar seu estado pela última vez. Passados sete anos na zona de conforto do Legislativo, onde as excelências podem escolher batalhas que vão abraçar, o tucano conhecido pela voz baixa e invejável o saldo bancário (quase 400 milhões de reais em bens declarados), começou a se mover na direção de que do que deverá ser o maior desafio de sua vida pública: a disputa pela Presidência da República no ano que vem.

 

Para tirar o plano do papel, falta convencer uma porção das de gente, dentro e fora de seu partido, que de que ele é o personagem ideal para unir as forças da centro-direita, liderando uma chapa capaz de chegar ao segundo turno e, o mais importante de tudo, amealhar votos suficientes para ultrapassar o favoritismo de Jair Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Jereissati ainda resiste a bater o martelo. Adianta que só fará sentir só o fará se tiver certeza de que será competitivo. “Sei que seria um bom presidente, mas, antes, preciso saber se sou um bom candidato", costuma dizer aos aliados.

 

Seu nome entrou no páreo de forma surpreendente nas últimas semanas, lançado pelo pernambucano Bruno Araújo, o presidente do PSDB.

 

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Inicialmente, nos bastidores, do movimento sou como uma espécie de tiro de alerta aos presidenciáveis tucanos mais afoitos. A entrada em cena do cacique mostraria que o partido não abre mão de um nome com potencial de caminhar para uma solução consensual, em vez de dar corda a uma disputa interna capaz de rachar a legenda e afugentar aliados de fora do ninho. Os já declarados postulantes do PSDB ao Palácio do Planalto são, João Dória, governador de São Paulo (e inegavelmente o quadro mais forte da legenda hoje) , e o jovem governador do Rio Grande do Sul, Eduardo leite, que tem nos no próprio senador cearense uma das um dos principais aliados, além do azarão Arthur Virgílio, ex-senador e ex-prefeito de Manaus.

 

O que parecia um balão de ensaio com objetivo meramente apaziguador, no entanto, começou a ensaiar um voo mais alto. definitivamente, Jereissati está no jogo logo. Nos primeiros movimentos, ele já angariou apoios importantes para a empreitada. O principal vem do maior nome do seu partido: Fernando Henrique Cardoso.

 

O ex-presidente desde desde do desce do muro ao responder quem considera mais preparado entre Jereissati e Dória. embora aponte credenciais e se diga amigos de ambos. "Eu prefiro Tasso”, disse FHC sem rodeios. “Ele conhece mais o Brasil, é mais fácil de se de ser popular e de encarnar essa coisa do centro”, emendou o presidente de honra do PSDB. Mas o principal patrocinador ocupa a cadeira mais importante do partido: Bruno Araújo. Oficialmente, ele evita a crise que se instalaria acaso bradasse sua preferência. mas sonha em ver o colega nordestino como uma opção na urna.

 

Para além do ninho tucano. outros personagens de peso da política nacional estimularam um congressista cearense. Há 3 semanas, Jereissati procurou Luciano Huck, com quem mantém contato frequente frequente, para atualizá-lo de seus planos para presidenciais.

 

O apresentador encorajou a entrada de Jereissati no páreo, embora ele mesmo continue sendo ventilado como um concorrente (uma hipótese cada vez mais distante diante da iminência do anúncio de um novo contrato de Huck com a rede Globo). No partido, Eduardo Leite foi uma das primeiras pessoas para quem o senador telefonou após o movimento de Bruno Araújo. Queria confirmar ou corrigir correligionários que atacada não será apenas um devaneio do mandatário do PSDB. Dada a excelente relação que tem com Jereissati, Leite não se vê quanto não vê constrangimentos se o aliado resolveram entrar no jogo, mas não promete tirar do seu time de campo. “Não teria problema algum em disputar prévias com Tasso. Ao fim, ele e eu nos entenderemos” resume.

 

Fora do partido, um dos integrantes do grupo que trabalha pela união do centro democrático, o ex-ministro da saúde e pré-candidato pelo DEM Luiz Henrique Mandetta, confidenciou as pessoas próximas ver como positivo os movimentos do tucano. Já outro participante da mesma turma, Ciro Gomes (PDT), eleito governador do Ceará em 1990 com o apoio de Jereissati, seu sucessor no posto, não emitiu nenhum sinal de que abriria a mão da disputa em favor do antigo padrinho político. E nem o padrinho enxerga essa possibilidade. “O Ciro já andou demais, não vejo fora do jogo”, sintetiza o senador. A difícil equação com Ciro vai frustrar parte do PSDB, mais precisamente a ala que aposta que o correligionário poderia convencer o pedetista apoiá-lo. Não é o caso.

 

Mas se há espaço político e apoiadores, o que precisa acontecer para Jereissati desencarnar o do papel do do político hesitante e confirmar a sua pré-candidatura? “Preciso sentir que sou uma pessoa que tem mais capacidade de agregar” afirmou ele. Até agora, o senador tem articulado aqui ali com aliados em potencial, conversando com representantes do setor produtivo e dado entrevistas de em que se insinua, mas não sacramenta sua intenção.

 

Ao fim delas, costuma telefonar aos amigos para aferir seu desempenho. Mesmo em conversas privadas, resiste a se declarar a postulante. Essa é uma das mais conhecidas essa é uma das mais conhecidas características do personagem em questão. Ele costuma se esgueirar de disputas de grande porte, mesmo quando o seu entorno incentiva. Foi assim na eleição para a presidência no Senado deste ano, que ele não disputou.

 

NO JOGO - Jereissati: ele trabalha seriamente para se tornar competitivo e unir o centro na eleição do ano que vem -

Jereissati: ele trabalha seriamente para se tornar competitivo e unir

o centro na eleição do ano que vem - Cristiano Mariz/VEJA

 

Desta vez, porém Jereissati só não vem admitindo a possibilidade de concorrer à Presidência, como tem se mostrado cada vez mais entusiasmado. Empresário bem-sucedido, ele se preparava para aposentadoria ao final do atual mandato, no ano que vem. A ausência de um nome capaz de desbancar a Lula e Bolsonaro, mas, sobretudo, o cenário em que seria obrigado a apoiar João Dória estimulam Jereissati. Não só ele. A rejeição ao governador de São Paulo, dentro e fora do PSDB, é inegavelmente um elemento fundamental para o congressista começar a descer do muro - ou ser empurrado dele.

 

O próprio presidente do PSDB tem resistências a Dória, que tentou tomar o comando da legenda no início deste ano, sem sucesso. Araújo passou a se mexer efetivamente em direção à uma chapa encabeçada por Jereissati ao saber que o Podemos estava flertando com Eduardo Leite, o outro pré-candidato do PSDB. se o governo governador gaúcho dissesse a legenda, Araújo ficaria sem alternativa a Doria. Foi aí que ele teve uma conversa definitiva com para que Jereissati topasse botar a cabeça fora d’água. uma numerosa parcela do tucanato, sobretudo do Norte e Nordeste, anda ávida por viabilizar um nome que não seja o do governador Paulista.

 

Além da antipatia pessoal que ele provoca em parte dos correligionários, seu desempenho tem estimulado os pragmáticos a especular outras opções do centro, entre elas Jereissati.

 

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No levantamento feito pela Paraná Pesquisas, Dória está em sexto lugar com timidos 3,6%. levantamento da Datafolha divulgado na quarta-feira, 12/5, confirmou o favoritismo de Lula e Bolsonaro para chegar ao segundo turno e as dificuldades do centro. Nenhum candidato que desse aspecto atinge dois dígitos nas intenções de votos, e Dória também aparece em sexto. FHC, por exemplo, prega com frequência: “eu respeito quem tem voto”. nesse ponto, aliás, Jereissati terá muito também terá Jereissati terá muito também que provar. nos últimos anos, seu grupo político não consegue ser majoritário nem no próprio reduto eleitoral, o Ceará, cujo governo está nas mãos do Camilo Santana, (PT). no plano nacional, ao menos até agora nada indica que ele tem a capilaridade.

 

Fonte: VEJA

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